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Papa: apelo por paquistanesa condenada à morte

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CIDADE DO VATICANO, 17 de novembro de 2010. O papa Bento XVI fez um apelo hoje durante a audiência-geral na Praça São Pedro no Vaticano, pela libertação de Asia Bibi, uma mulher cristã paquistanesa condenada à morte por blasfêmia.
  
"Expresso a minha aproximação a Asia Bibi e aos seus familiares e peço que o quanto antes lhe seja restituída à liberdade", disse Bento XVI no final da habitual cerimônia das quartas-feiras.

 Ásia Bibi, de 45 anos, mãe de cinco filhos, foi condenada à morte neste ano em seu país, acusada de fazer comentários depreciativos sobre o profeta Maomé.

O Papa também destacou a festividade do Corpus Christi e a comemoração da eucaristia e dedicou a catequese à santa Juliana de Cornillon.

"Uma figura feminina, pouco conhecida, na qual a Igreja deve um grande reconhecimento, não apenas pela sua santidade de vida, mas também porque, com o seu grande fervor, contribuiu para a instituição de uma das solenidades litúrgicas mais importantes do ano, a do Corpus Christi".

"Hoje na Igreja existe uma primavera eucarística: quantas pessoas param silenciosas diante do Tabernáculo, para se entreterem em colóquio de amor com Jesus", afirmou o Pontífice e desejou que "esta primavera se difunda cada vez mais em todas as paróquias".

Juliana de Cornillon, também conhecida como Juliana de Liegi, nasceu na Bélgica, entre os anos de 1191 e 1192 e morreu em 1258.

Joseph Ratzinger saudou os cerca de 12 mil peregrinos que estavam na Praça São Pedro, em particular os fiéis da região italiana da Basilicata que recordam hoje os trinta anos do terremoto que em 23 de novembro de 1980 atingiu o local e a região da Campânia deixando mais de 2900 mortos e cerca de 280 mil desabrigados.

O Papa disse que "as feridas ainda são profundas e vivas na mente e no coração destas queridas populações" e destacou a obra da Igreja "que soube oferecer, além do socorro material, a luz da esperança de Cristo Ressuscitado, em um momento de desconforto e escuridão".(ANSA)

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