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Papa beatifica sete bispos romenos e alerta sobre colonização ideológica

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O papa Francisco realizou a beatificação de sete bispos romenos, considerados mártires pela Igreja Católica, responsáveis por enfrentarem o regime comunista no século 20 na Romênia, e condenou todos que forçam as pessoas a uma “ideologia”.

Em uma cerimônia na cidade de Blaj, o Pontífice afirmou que os bispos deram “suas vidas para se oporem a um sistema ideológico que recusava a liberdade, os direitos fundamentais da pessoa humana”. Autoridades comunistas prenderam os religiosos em 1948 por traição depois que eles se recusaram a se converter ao cristianismo ortodoxo. Todos os sete morreram em confinamento e foram enterrados em segredo.

“Perante a feroz opressão do regime, [os bispos] demonstraram uma fé e um amor exemplares pelo seu povo. Com grande coragem e fortaleza interior, aceitaram ser sujeitos à dura prisão e a todo o tipo de maus-tratos, para não renegar seu pertencimento à amada Igreja”, explicou Francisco. Jorge Bergoglio ainda ressaltou que os “mártires da fé” deixaram uma “preciosa herança” ao povo romeno: “liberdade e misericórdia”.

De acordo com o Santo Padre, os católicos enfrentaram uma política de “expulsão e aniquilação” que tentava silenciar as vozes após a instauração do regime comunista. “É o que fazem as resistências e hostilidades que surgem no coração humano, quando no centro, em vez das pessoas, se colocam interesses particulares, rótulos, teorias, abstrações e ideologias, que, ondem atraem nada mais fazem senão cegar tudo e a todos”, lamentou.

O líder da Igreja Católica ainda fez um apelo para todos os fiéis serem “testemunhas de liberdade e misericórdia, fazendo prevalecer a fraternidade e o diálogo sobre as divisões, incrementando a fraternidade”.

Por fim, o Papa pediu para todos os romenos superarem “o rancor com a caridade e o perdão” e alertou para as novas “colonizações ideológicas”, baseada no totalitarismo. “Voltam a surgir novas ideologias que procuram, de maneira sutil, impor-se e desenraizar o povo das suas mais ricas tradições culturais e religiosas, que desprezam o valor da pessoa, da vida, do matrimônio e da família”, advertiu.

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