Papa Francisco condena aborto e eutanásia em exortação “Amoris laetitia”
Na exortação apostólica "Amoris laetitia" ("Alegria do Amor"), o papa Francisco firmou seu posicionamento contra o aborto e a eutanásia e criticou a "procriação ilimitada".
"A família protege a vida em cada uma de suas fases e também no seu surgimento. Para aqueles que trabalham em estruturas sanitárias, pede-se a obrigação moral da consciência. Da mesma maneira, a Igreja não sente apenas a urgência de afirmar o direito à morte natural, evitando o tratamento agressivo e a eutanásia, mas rejeita firmemente a pena de morte", escreveu o Pontífice.
Voltando a citar a importância da estrutura familiar, o líder católico disse que não pode deixar de falar que "se a família é o santuário da vida, o lugar onde a vida é gerada e cuidada, constitui uma lacerante contradição o fato que se torne o lugar onde a vida é negada e destruída".
Para Francisco, "é inalienável" o direito à vida para uma "criança inocente" que cresce no interior da sua mãe. "De nenhuma maneira é possível apresentar como um direito sobre seu próprio corpo a possibilidade de tomar uma decisão contra tal vida, que é um fim em si mesmo e que não pode jamais ser objeto de domínio de um outro ser humano", ressaltou.
Porém, por outro lado, o sucessor de Bento XVI pediu uma "paternidade consciente" para os cristãos e citou frases do papa João Paulo II para destacar seu ponto de vista na questão.
"A paternidade responsável não é procriação ilimitada. A consciência reta dos casados, quando foram muito generosos na transmissão da vida, pode orientá-los à decisão de limitar um número de filhos por motivos suficientemente sérios", escreveu.
No entanto, ele voltou a condenar os métodos contraceptivos, dizendo que as medidas "coercitivas dos países à favor da contracepção, esterilização ou aborto" é algo "inaceitável".