Papa Francisco desafia futuros diplomatas da Santa Sé a servir Igreja sem ambição pessoal
O Papa convidou os futuros diplomatas da Santa Sé a servir Igreja sem “ambições pessoais”, para que possam viver a sua missão em “liberdade” e sem a “lepra” do carreirismo.
“Isso significa estar atentos para ficar livres de ambições ou objetivos pessoais, que tanto mal fazem à Igreja”, disse Francisco, durante uma audiência à comunidade da Pontifícia Academia Eclesiástica, cerca de 40 sacerdotes que se preparam para trabalhar nas nunciaturas (embaixadas da Santa Sé) dos cinco continentes.
O Papa disse que esta questão era importante, do ponto de vista pessoal, porque considera o carreirismo como “uma lepra”.
“Por favor, nada de carreirismo”, pediu.
Segundo Francisco, os representantes diplomáticos da Santa Sé precisam de uma “grande liberdade interior”, inclusive em relação à “cultura e mentalidade” de que cada um é originário.
“Abri-vos, na caridade, à compreensão de culturas diferentes e ao encontro com homens que pertencem a mundos muito distantes dos vossos”, acrescentou. Esse esforço, precisou, implica um “intenso caminho espiritual” para libertar os projetos e a vontade pessoal sem que tal seja visto como “motivo de frustração ou vazio”.