Papa Francisco recebe em audiência privada o prêmio Nobel da Paz de 1980, Adolfo Pérez Esquivel
O papa Francisco recebeu em audiência privada seu compatriota e prêmio Nobel da Paz de 1980, Adolfo Pérez Esquivel, que ratificou que o Pontífice não foi cúmplice durante a última ditadura militar na Argentina.
"Houve bispos cúmplices, porém não [Jorge] Bergoglio. Talvez não tenha acompanhado na luta, mas fez sua diplomacia silenciosa", disse o prêmio Nobel.
Em uma entrevista coletiva após o encontro, Esquivel disse que "foi um reencontro, porque já nos conhecíamos. Eu o vi bem, tentando interiorizar, mas seguro e pronto para cumprir sua missão apostólica".
"Tratamos de vários temas, do desafio que representa um Papa latino-americano. Falamos sobre direitos humanos, me disse que precisa buscar a verdade, justiça e reparação, falamos que os direitos humanos são integrais e que na há como limitar apenas aos assassinatos durante a ditadura, mas também tem a pobreza, o ambiente e a vida do povo", explicou Esquivel.
O prêmio Nobel completou dizendo que Francisco pediu para que rezasse por ele "e me comprometi a acompanhá-lo".