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Europa mantém posto de principal berço de cardeais da Igreja, com a nomeação de 24 novos membros

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Papa Bento XVI nomeia 24 novos cardeaisA designação de 24 novos cardeais pelo Papa Bento XVI dá continuidade ao velho equilíbrio regional no seio da Igreja Católica, com o predomínio dos europeus, sobretudo italianos, e um reconhecimento à África.

Entre os nomeados, 20 tem direito a eleger um novo pontífice em caso de Conclave, e receberão o anel cardinalício durante o terceiro Consistório do atual pontificado, que acontecerá nos dias 20 e 21 de novembro.

Na lista dos novos 'ministros' da Igreja figuram ainda dois sul-americanos: o brasileiro Raymundo Damasceno Assis, arcebispo de Aparecida, e o equatoriano Raúl Vela Chiriboga, arcebispo de Quito.

Mesmo assim, predominam religiosos oriundos do velho continente: dos 24 apontados por Bento XVI, 15 são europeus, sendo 10 italianos, dois alemães, um suíço, um polonês e um espanhol.

Outros dois são americanos, um é do Sri Lanka e quatro são da África, continente que o Papa elegeu como uma das prioridades de seu pontificado, iniciado em 2005.

Dos 24 novos cardeais, 20 têm direito a participar da escolha do novo Papa em caso de Conclave após a morte do atual pontífice. Quatro deles, no entanto, têm mais de 80 anos de idade, e por isso não podem votar.

Com as novas designações, o número de cardeais com direito a voto no Conclave chega a 121, um além do limite fixado por Paulo VI e poucas vezes ultrapassado por João Paulo II.

O vaticanista Marco Politi estimou que a escolha dos quatro cardeais africanos, todos com voto no Conclave, "é um sinal para a África, e um reconhecimento da vitalidade de sua Igreja".

São eles: o guineano Robert Sarah, secretário da Propaganda Fide, o egípcio Antonios Naguib, patriarca de Alexandria dos Coptas, o congolês Laurent Monsengwo Pasinya, arcebispo de Kinshasa, e o zambiano Medardo Joseph Mazombwe, arcebispo emérito de Lusaka.

"É um reconhecimento à igreja africana, que cresceu nos últimos anos tanto em número de sacerdotes quanto em número de fiéis", disse à AFP Gianni Cardinale, do jornal dos bispos italianos Avvenire.

A lista "reflete a universalidade da Igreja, já que (os novos cardeais) provêm de vários lugares do mundo e cumprem tarefas diferentes", destacou Bento XVI.

Boa parte dos novos cardeais ocupa cargos em entidades da Cúria Romana, entre eles os italianos Angelo Amato, prefeito para a Causa dos Santos, Fortunato Baldelli, Penitenciário Naior, Francesco Monterisi, arcebispo da basílica papal de São Paulo Extra Muros em Roma, Mauro Piacenza, prefeito para o Clero, Gianfranco Ravasi, "ministro da cultura" da Santa Sé, e Paolo Sardi, pró-patrono da Ordem de Malta.

Entre os americanos, Raymond Leo Burke é prefeito do Supremo Tribunal da Assinatura Apostólica, enquanto Donald William Wuerl é arcebispo de Washington.

Além dos novos cardeais, o Papa Bento XVI também anunciou a nomeação de novos bispos para as dioceses de Foz do Iguaçu e Palmas, de acordo com a assessoria de imprensa do Vaticano.

O pontífice nomeou como novo bispo de Foz do Iguaçu o monsenhor Dirceu Vegini, de 58 anos, que já foi bispo de Puzia di Bizacena e Auxiliar de Curitiba.

O novo bispo, sacerdote desde 1984, formado em teologia na Universidade Gregoriana de Roma, substitui o monsenhor Laurindo Guizzardi, que se aposenta.

Bento XVI também designou como arcebispo de Palmas o monsenhor Pedro Brito Guimarães, de 56 anos, que também se formou em teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana alcançando o título em teologia dogmática.

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