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RENOVAÇÃO CARISMÁTICA: A religião do homem adorando-se a si mesmo

Paramentos Litúrgicos

De fato, o intelecto é radicalmente descartado pelos membros da nociva Renovação Carismática Católica. Existe uma conversa generalizada a respeito da assim-chamada “18 polegadas da cabeça para o coração” em quase toda literatura Carismática nos primeiros níveis do “crescimento espiritual”.  Tal “conhecimento do coração”, que nada mais é senão confortantes e agradáveis sentimentos em relação a Deus, de forma alguma é algo espiritual e sim puramente emocional- o que também significa físico!

Esses escritores e autores Carismáticos desprezam de tal forma o intelecto, como se Deus não o tivesse dado ao homem para seu próprio proveito: “Intellectum tibi dabo” (Salmo. 31)

Para a mente fenomenalista do Carismático, nem mesmo os Sacramentos estão imunes ao pensamento subjetivista a respeito da graça. Os Católicos sabem que o sacramento produz a graça ex opere operato, independente do estado espiritual do ministro ou do recipiente. Naturalmente o recipiente pode estar mais ou menos bem disposto para receber as graças concedidas, mas a graça é produzida independente das disposições subjetivas das partes envolvidas.

Para o Carismático, qualquer coisa na vida espiritual que não produz uma consolação subjetiva ou emoção, não é experiência de fé válida e, portanto, não confere a graça.

Assim, o seguinte trecho do livro “Healings Sacraments” escrito por um sacerdote Carismático sobre a Confissão, nos dá um bom exemplo disso: “Durante o Sacramento da Reconciliação nós recebemos a cura na forma do perdão e na forma de uma grande resistência contra a tentação. Eis porque nos sentimos mais leves e muito melhores depois de termos feito uma boa confissão”. (Fr. Dave Schwarz)

Nem mesmo o Sacramento da Eucaristia está imune a tal princípio subjetivista: “Quando você estiver orando depois de ter recebido a Comunhão, eu sugiro que você visualize raios luminosos de cura saindo da hóstia consagrada que você acabou de receber e fluindo através de todo o seu ser” (idem).

Para o fenomenalista, assim como para o Carismático, o objeto não tem verdadeira existência quando separado do sujeito. Essa lógica extrema torna-se então uma questão do relacionamento da consciência consigo própria. Assim não é difícil ver no que a moderna religião pós-conciliar se tornou… de acordo com algumas acusações, a religião do homem adorando-se a si próprio.

O fato de as autoridades eclesiásticas não terem a coragem de condenar a RCC, isso entrará para a história da Igreja como sendo um fracasso semelhante àquele do Vaticano II em não condenar o comunismo.

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