Vaticano nega que doença tenha sido o motivo da renúncia do Papa
O Vaticano negou que uma doença tenha sido o motivo que levou o Papa Bento XVI a anunciar sua renúncia ao pontificado, afirmou Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano.
Lombardi disse que o próprio pontífice, na carta na qual anunciou sua decisão, explicou que nos últimos meses sentiu diminuírem suas forças físicas.
Ele também negou que as "dificuldades do papado" tenham sido o motivador da decisão.
A Igreja Católica deve ter um novo Papa até a festa da Páscoa, no próximo dia 31 de março, disse Lombardi.
"Temos de ter um novo Papa na Páscoa", afirmou o padre Federico Lombardi em entrevista.
Segundo o porta-voz, será realizado um conclave (reunião de cardeais para escolher o novo Papa) em 15 a 20 dias após a renúncia.
O porta-voz do Vaticano disse que a decisão do Papa surpreendeu a todos do seu círculo mais próximo.
Ele afirmou que, após a renúncia, Bento XVI vai à residência papal de verão, em Castel Gandolfo, próximo a Roma, e depois irá morar em um mosteiro dentro do Vaticano.
Lombardi também disse que Bento XVI não vai participar do conclave, a reunião a portas fechadas que vai escolher seu sucessor, e que o pontífice não teme uma "cisão" na Igreja após sua saída.
O porta-voz afirmou que Bento XVI mostrou "grande coragem" no seu gesto, e descartou que uma depressão tenha sido o motivo da renúncia.