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VOCAÇÃO DO SACERDÓCIO: “É preciso que as ovelhas ouçam a voz do seu pastor”

Paramentos Litúrgicos

”A todos os sacerdotes foram ditas as palavras do Evangelho: ‘Pregai, ensinai’. Nelas não se marca o tempo e o lugar. Portanto, não é só no púlpito e na igreja, que o Padre deve pregar e ensinar, mas em qualquer parte onde se encontre em contato com os fiéis.

Se o Padre está à espera que o povo lhe vá à igreja ouvir os sermões ou ao confessionário pedir-lhe conselhos, reduzirá ao mínimo o raio de sua atividade apostólica. A maior parte não vai à Missa nem assiste à pregação, e pouquíssimos são os que procuram o confessionário. Como, pois, cumprir a ordem terminante de Jesus de pregar e ensinar? Só imitando o mesmo Salvador, indo pelas aldeias, fazendas e povoados, e sobretudo pelas casas particulares a difundir a semente da palavra de Deus.

É preciso que as ovelhas ouçam a voz do seu Pastor, e que o Pastor conheça as suas ovelhas. Ora, as ovelhas só se conhecem bem, andando no meio delas. Hoje não são as almas que vão ao Padre, mas o Padre que deve ir às almas. Este foi o proceder de Deus no tempo de Moisés e dos profetas: mandava-os ir ter com o povo e declarar-lhe as suas vontades.

Se o Padre não vai ao povo, irão outros: irá o protestante a difundir as suas bíblias, irá o comunista a pregar o seu ateísmo, irá o espírita a propagar as suas fraudes, irá o jornal ímpio, a revista pornográfica, o livro imoral, o panfleto caluniador da Igreja, do Papa, dos Bispos e do Clero.

É, pois, dever do vigário entrar em íntimo contato com seus paroquianos e visitá-los em suas habitações para levar-lhes as bênçãos de Deus. (…)

Neste apostolado social não deve o Padre omitir a visita aos tugúrios dos pobres e dos operários para se informar de sua vida material e religiosa e das precisões mais urgentes, a que é necessário acorrer com presteza e caridade.

Nestas excursões apostólicas, que o vigário deve fazer ao menos uma vez por ano, não esqueça as casas de detenção e saúde, pois nelas é mais necessária a sua presença de pai e consolador dos que sofrem.”

Pe. Alexandrino Monteiro. ”O Homem de Deus”. Edit. Mensageiro da Fé, Salvador, 1953, pp. 66-67

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