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Papa Bento XVI entrega prêmio a teólogos no Vaticano

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O papa Bento XVI entregou o Prêmio Ratzinger a três teólogos, em uma cerimônia realizada na Sala Clementina, no Vaticano. 

Os contemplados são Manlio Simonetti, leigo italiano estudioso da antiga literatura cristã e Patrologia; padre Olegario González de Cardedal, espanhol docente em Teologia Sistemática; e Maximilian Heim, abade alemão do Monastério de Heiligenkreuz, na Áustria.

Eles receberam um diploma e um reconhecimento no valor de € 50 mil. 

O prêmio, que está em sua primeira edição, foi instituído pela Fundação Vaticana Joseph Ratzinger – Bento XVI. 

Durante a cerimônia de entrega, o Papa reconheceu que a ciência proporcionou "progressos inegáveis", mas disse que ela se depara com o um limite em Deus, que não pode ser objeto de experimentação. 

"A razão experimental, hoje, aparece amplamente como única forma de racionalidade declarada científica. Ou seja, o que não pode ser cientificamente comprovado ou falsificado está fora do âmbito científico", observou o Pontífice. 

"Com esta técnica, se realizaram obras grandiosas. Que ela é justa e necessária no âmbito do conhecimento da natureza e das suas leis, ninguém duvida. No entanto, existe um limite a tal uso da razão. Deus não é um objeto da experimentação humana. Ele é sujeito e só se manifesta na relação de pessoa com pessoa. Ele faz parte da essência", explicou Bento XVI. 

O Papa também elogiou o trabalho dos teólogos, dizendo que a teologia não é algo do passado. Segundo o Pontífice, este ramo de estudo é um "desafio" que implica "humildade". 

Citando questionamentos como "ciência não é, talvez, o contrário da fé?", "a fé não acaba quando se torna ciência?" e "a ciência não deixa de ser ciência quando é subordinada à fé?", o Papa afirmou que estas dúvidas já eram um "problema sério" para a teologia medieval e se tornaram ainda mais incisivas nos tempos modernos.

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