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A esculhambação e a desmoralização na Igreja Católica – Artigo escrito por Mônica Romano

Paramentos Litúrgicos
É cada vez mais frequente vermos noticias escandalosas vindas do meio religioso e práticas contrárias à doutrina e os dogmas católicos.

Se até meados de 2010 estávamos escandalizados e envergonhados com os casos de pedofilia, parece que hoje estes são os menores de nossos problemas.

A medida que a tecnologia avança e o uso das redes sociais conectam cada vez mais pessoas de todas as raças, idades, credos e posicionamentos, mais noticias tristes e de causar vergonha nos chegam.

A face da Igreja está desfigurada, e enquanto os fiéis se preocupam com a reputação, nos parece que os líderes, bispos e até mesmo Sua Santidade, o Papa não estão se importando com os mais diversos abusos que vemos.

Não vale nem a pena dissertar sobre as atividades pouco ortodoxas de certo padre que mais vive em meio artístico do que em um confessionário, e se não tem rebanho para pastorear, tenho certeza que teria ao menos comunidade simples e pobres para visitar.

Duas noticias me chamaram a atenção nas redes sociais. A primeira fora o texto amplamente divulgado e compartilhado do pseudo teólogo e professor da PUC/ SP, Fernando Altemeyer  intitulado “Catolicismo Mofado” onde ele zomba da fé genuína de muitas comunidades simples pelo país afora, faz pouco do retorno às tradições populares, o uso do véu, e a devoção fervorosa de jovens por Maria Santíssima. Mas note-se que na opinião dele, estas coisas ocorrem devido ao fato da população “ignorante” desconhecer as normas da CNBB. Pobre alma…a referência de valores deste cidadão é a CNBB, entidade que de forma alguma fala em nome da Igreja, que é como se fosse um sindicato de bispos, e que muitas vezes tem suas decisões questionadas devido a intromissão na politica e apoio a órgãos e partidos notadamente contrários aos interesses populares.

Imagino que o todo cheio de títulos e pompas Fernando Altemeyer seja como os católicos do IBGE, ou aqueles que frequentam as celebrações Eucarísticas apenas de corpo, pois a alma certamente ficou em outro lugar. Provavelmente nunca reconheceu um milagre na vida, e mais, talvez até duvide deles, o que não me causaria estranheza se não acreditasse na divindade de Jesus e sua Igreja. Deve ser daqueles que se inclinam para um catolicismo marxista.

E trabalha e propaga suas teses em um local que deveria se manter  se fiel a doutrina, a PUC/SP, que sabemos bem que de católica não tem nada. E nada é feito, nenhum ato de desagravo, nenhuma nota, nada, nadinha; bispos omissos e comprometidos com o mundo.

A segunda, e esta é uma vergonha particular da cidade onde nasci e amo viver, mas que está entregue às doutrinas de esquerda e sufocada pela nociva Teologia da Libertação. Em uma das Paróquias mais festejadas e visitadas da capital mineira, do Santuário de São Judas Tadeu, veio a notícia da abertura da Pastoral da diversidade sexual LGBT. Achavam que era coisa só de Igrejas pentecostais dissidentes? Da Igreja Brasileira? Não, vem de uma paróquia que recebe milhares de pessoas durante todo o ano e principalmente na festa do santo 28 de outubro, pois que São Judas é um dos santos mais populares e festejados do país.

A principio quando li a notícia quis acreditar que talvez fosse uma pastoral de acolhimento, pois é sabido que existem muitos homossexuais que realmente são discriminados e colocados à margem ao passo que muitos que não tem esta alcunha frequentam livremente as Igrejas, mas escondem no coração um mar de podridão que se não é visto por nós e conhecido por Deus.

Quis eu acreditar assim, que a pastoral trabalha com o resgate da dignidade humana, pois estas pessoas são humanas e tem alma, fazê-los compreender que não é necessário mudar quem se é na essência, mas que por amor a Deus e a Igreja poderiam se abster da prática , esta sim condenada pela igreja. Fazê-los ver o quão Deus ama cada um de seus filhos e que nem Elee nem nós nos recusamos a aceitá-los, apenas que sigam o caminho da retidão e ofereçam sua luta para vencer a prática como sacrifício de amor a Deus. Mas estava eu enganada, e a tal pastoral pelo que apurei é mais uma ramificação de uma ONG antenada com a voz do mundo fazendo crer aos fiéis que a Igreja aceita sem reservas aquelas pessoas e sua vivência particular que sabemos, é pecado. E tudo com aval e congratulações da Arquidiocese , pois o que importa nos dias atuais é ser “politicamente correto”.

Hoje em dia, não importa o que os outros façam, esteja certo, esteja errado… é a vida dele. E tudo o que queremos porque amamos nosso irmão é resgatá-lo, trazendo para o reto caminho. Então neste momento você é taxado de preconceituoso, homofóbico, moralista, legalista e radical. As pessoas hoje sofrem de rotulação, tudo tem que ser rotulado, tudo tem que ser separado, é um “nós contra eles”. Um infinito em todas as áreas sociais.

E a Igreja que até o Papa Pio XII soube se preservar desta invasão mundana, hoje se perde no meio do caos.

A única coisa que não me faz abandonar o barco é o que disse São Pedro “ Senhor a quem iremos? Somente o Senhor tem Palavras de Vida Eterna” Jo 6,68.

Mônica Romano é catequista em Belo Horizonte, Minas Gerais, e colaboradora do Portal Catolicismo Romano. 

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