Agora é “impossível” lavar dinheiro no banco do Vaticano, diz presidente
O presidente do banco do Vaticano, Jean-Baptiste Douville de Franssu, afirmou que agora "é impossível lavar dinheiro" na instituição, após anos de revisões de normas para lutar contra a lavagem de dinheiro e a evasão fiscal.
Os comentários foram feitos durante a apresentação do balanço da instituição, que registrou lucro líquido de 16,1 milhões de euros no ano passado ante 69,3 milhões de euros em 2014. O banco atribui a redução aos juros mais baixos, às incertezas do mercado e às provisões para uma pendência tributária no exterior.
Em entrevista à mídia local, Franssu reconheceu que no passado o banco do Vaticano foi objeto de abuso "porque não se pode servir a dois mestres, e dinheiro é tentador".
Mas agora que as normas estão em vigor, ele disse que "é impossível lavar dinheiro no Istituto per le Opere di Religione [o banco do Vaticano]".
A instituição conta com 14.801 clientes, sendo que cerca de metade refere-se a ordens religiosas que usam seus serviços de investimentos e transferem dinheiro para missões ao redor do mundo. Autoridades e funcionários do Vaticano também compõem a base de clientes.