Cardeal brasileiro diz que acolhida aos gays não significa aprovar suas escolhas
“Somos chamados a acolher toda pessoa, porque é criatura de Deus. Sem fazer discriminações do ponto de vista étnico, religioso, sexual e moral. Mas isso não significa que estamos aprovando o que a pessoa faz. Para nós, o matrimônio é união entre homem e mulher em vista de uma comunhão total, para a geração da vida”, afirma.
Na última segunda-feira (13), um documento do Vaticano declarou que os homossexuais têm “dons e qualidades a oferecer” e indagou se o catolicismo pode aceitar os gays e reconhecer aspectos positivos de casais do mesmo sexo.
Para Dom Raymundo, o sínodo extraordinário, que tem como tema a família, é uma oportunidade para que a Igreja possa avançar nestas questões e lidar melhor com elas. “Após este processo teremos orientações mais concretas para ajudar igrejas, paróquias a lidar com essas pessoas e ajudá-las de alguma forma”, avalia.
O cardeal também considera que a Igreja tem evoluído neste debate, uma vez que busca ouvir experiências vividas em pastorais, mas não deverá mudar seus valores básicos. “Esperamos que, neste processo sinodal, essas experiências sejam mais aprofundadas e partilhadas e a Igreja possa discernir e propor caminhos para que nas Dioceses, Paróquias e Comunidades se ofereça acompanhamento específico para pessoas homossexuais que procuram apoio”, disse.