Católicos esperam que o pontificado do Papa Francisco mudará alguns dogmas da Igreja. Será???
Existe um perigo diante da avaliação popular do papa Francisco: que lhe peçam para ser o que não é. Seus gestos de despojar-se de símbolos de poder e de fazer sua a causa dos mais pobres e esquecidos provocaram certa idolatria de sua pessoa.
Outro grande perigo, além de uma idolatria pela novidade de seus gestos inovadores, é exigir que ele seja o que não é. Até agora, com efeito, se falou mais no que Francisco é do que naquilo que não é.
Até aqui, o que Francisco parece ser. E o que não é? Começou a ficar claro, quando, diante de um grupo de jovens que estão se recuperando do inferno da droga no hospital São Francisco de Assis, decepcionou a maioria dos intelectuais e políticos progressistas, não só do Brasil como de toda a América Latina, com seu "não" rotundo à liberalização das drogas, que, segundo ele, não resolveria o problema do que chamou de "mercadores da morte", referindo-se à violência do tráfico de drogas.
De algum modo, o mundo chamado progressista ficou confuso e decepcionado. 'Então Francisco não é o papa moderno que se dizia?', pareciam se perguntar todos os que, com um ou outro motivo, defendem que não seja punido o consumo de drogas, cuja venda, afirmam, deveria ser permitida como a de bebidas alcoólicas.
Então todo o ruído de que se trata de um papa de ruptura, poderia revolucionar os próprios fundamentos da igreja?
A resposta é clara e objetiva: "não". Apesar de seu carisma, de sua preocupação para com os pobres, a solidariedade com o próximo, sejam de grande relevância, temas polêmicos jamais serão alterados, como a liberalização do uso de drogas, a aceitação da união estável de pessoas do mesmo sexo, a questão do celibato, o uso de preservativos, entre outras questões. Batemos sempre na mesma "tecla": Doutrina não se muda; pode-se adaptá-la em algumas circunstâncias, mas alterar jamais. Para darmos um exemplo simplório: "assim como dois mais dois são quatro"; "dois mais dois sempre foram quatro e continuarão sendo quatro". É uma verdade absoluta, bem como a doutrina. Dogmas são imutáveis!!!!
Aos católicos que não concordam com esta doutrina tão criticada no mundo contemporâneo, deveriam repensar e mudar de religião ou aceita-las, pois quando se faz parte de uma religião, temos que seguir seus preceitos doutrinários, caso contrário, estaremos cometendo heresias dentro de nossa própria religião.