Católicos repudiam fala de Lula que chamou de “monstros” bebês que nascem de um ato de estupro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou que o Congresso esteja discutindo o projeto de lei antiaborto, que equipara o procedimento realizado após a 22ª semana com o crime de homicídio. Ele reafirmou ser contra a prática e afirmou que bebês que nascem de um ato de estupro são como “monstros”. “Por que uma menina é obrigada a ter um filho de um cara que estuprou ela? Que monstro vai sair do ventre dessa menina? Então essa é uma discussão mais madura, não é banal como se faz hoje”, disparou Lula em entrevista à rádio CBN.
A deputada federal católica Chris Tonietto (PL-RJ), defensora da “abertura à vida”, ou seja, do direito dos casais terem “quantos filhos Deus enviar”, expressou sua consternação diante das declarações do presidente. A deputada católica enfatizou que “cada criança é um presente de Deus e merece ser acolhida com amor e gratidão”, ressaltando que a maternidade não deve ser vista como um fardo, mas como “uma benção e uma missão nobre”. Além disso, Tonietto destacou a “sacralidade da vida” e defendeu que Lula deveria apoiar “políticas públicas que garantam condições adequadas para a criação e educação dos filhos, pois a família é a base da sociedade”. Ela ainda declarou que a fertilidade não deve ser reprimida, “muito menos pelo Estado”. A ala conservadora do catolicismo repudiou a fala do presidente, exigindo retratação.