Cidade italiana de Nápoles se prepara para receber o Papa Francisco
Cerca de 3 milhões de fiéis devem tomar as ruas de Nápoles amanhã para acompanhar a primeira visita do papa Francisco à cidade. Com status de grande evento, a passagem do Pontífice por esse município do sul da Itália terá a presença de 1,5 mil voluntários – todos recrutados pelas redes sociais -, e serão distribuídas 100 mil bandeirinhas, 10 mil chapéus e 10 mil lenços. Além disso, 68 freiras que vivem enclausuradas em conventos da região receberam uma permissão especial para se encontrar com Jorge Bergoglio.
"O Papa Francisco atravessará toda a cidade, irá a muitos lugares. Teremos uma grandíssima participação, estamos demonstrando uma capacidade de organização extraordinária. Creio que correrá tudo bem, há uma grande vontade de abraçar o Papa, sinto uma expectativa muito forte", disse o prefeito de Nápoles, Luigi de Magistris.
O chefe municipal também se mostrou despreocupado quanto à possibilidade de a visita do Pontífice coincidir com protestos contra o desemprego. "Eu nunca vi Nápoles sem manifestações. Não faremos o Papa ver uma cidade diferente. É uma Nápoles com protestos e sofrimentos, com a ferida dos desempregados e desocupados. O importante é que cada um saiba o que significa essa visita", acrescentou.
A primeira etapa do roteiro de Bergoglio será em Pompeia, município situado a cerca de 20 km da capital da Campânia. Ele chegará ali por volta das 8h (horário italiano) para ir a um santuário dedicado à Virgem Maria.
Em seguida, Francisco partirá de helicóptero para o bairro de Scampia, situado na periferia de Nápoles. O distrito tem uma das taxas de desemprego mais altas da Itália, em torno de 60% da população economicamente ativa. Lá, ele receberá das mãos de Magistris a chave da cidade e um pergaminho comemorativo.
No município, o Papa ainda irá se encontrar com representantes de diversas categorias: operários, desocupados, juízes, policiais e da área da cultura. Depois, ele chegará de papamóvel à Praça do Plebiscito, onde celebrará uma missa. Após a liturgia, o Pontífice almoçará com detentos do presídio de Poggioreale. Antes de retornar ao Vaticano, ele também se reunirá com doentes e jovens.