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COMO O DEMÔNIO ATUA

Paramentos Litúrgicos

"Caso ainda queiras conhecer de perto a maneira de atacar do demônio, verificarás que é, além de intensa, muito variada. Como aquele infame, ninguém conhece as múltiplas intrigas, tramoias, astúcias e artimanhas.

É isto que lhe dá tanta força. Também não há ninguém que seja capaz de manter um ódio tão implacável como aquele malicioso contra todo o gênero humano. Em seguida, considerando ainda o zelo e o afinco com que ele luta, qualquer comparação com os homens e suas atitudes tornar-se-ia ridícula. Até os animais mais ferozes e mais sanguinolentos, comparados com ele, tornar-se-iam mansos e dóceis. Com tanta raiva ele esbraveja contra as nossas almas" (São João Crisóstomo, O Sacerdócio, Livro Sexto, 13). Ele jamais nos deixará em paz: "O infame não cessará com seus ataques até o último suspiro da alma que não soube defender-se já contra os primeiros golpes" (Idem).

Satanás não dorme nem cochila; aquele que vacilar será derrotado: "Na luta com aquele maligno, porém, nunca haverá pausa; nunca poderás despojar-te das armas, nunca poderás entregar-te ao descanso, caso quiseres ficar ileso… Aquele adversário infame mantém sempre sua linha de combate perto de nós, pronta para nos perder tão logo note algum relaxamento em nossa vigilância. Podes estar certo: mais zelo ele emprega para a nossa perdição do que nós para a nossa salvação!" (São João Crisóstomo, O Sacerdócio, Livro Sexto, 13).

Sejamos sóbrios e vigilantes! No caminho da vida devemos ser prudentes e não tontos: "Viajamos carregados de ouro: é o grande tesouro da graça de Deus, da sua paz santa. Não nos deixemos roubar. Temamos os ladrões astutos e ferozes que estão escondidos dentro e fora de nós" (São Jerônimo).

Esse ser maldito não tira férias, pelo contrário, trabalha continuamente para perder as almas, e são muitas aquelas que caem em suas garras: "Tamanho é o número dos que diariamente são derrotados pelo demônio" (São João Crisóstomo, O Sacerdócio, Livro Sexto, 13).

Na Sagrada Escritura, pode-se ler: "Eis que o vosso adversário, o diabo, vos rodeia como um leão a rugir, procurando a quem devorar". (1 Pd 5, 8). Igualmente: "Resisti-lhe, firmes na fé". (1 Pd 5, 9).

O DEMÔNIO NÃO CHEGA A PENETRAR NA NOSSA INTIMIDADE, SE NÓS NÃO O QUEREMOS: "Os espíritos imundos não podem conhecer a natureza dos nossos pensamentos. Só lhes é dado pressenti-los por indícios sensíveis, ou então examinando as nossas disposições, as nossas palavras ou as coisas para as quais percebem que nos inclinamos. É-lhes totalmente inacessível o que não exteriorizamos e permanece oculto nas nossas almas. Mesmo os pensamentos que eles próprios nos sugerem, a acolhida que damos a esses maus pensamentos, a reação que provocam em nós, nada disso os demônios conhecem pela própria essência da alma (…), mas, quando muito, pelos movimentos e manifestações externas" (Cassiano, Colationes, 7). ESSE SER HORRÍVEL NÃO PODE VIOLENTAR A NOSSA LIBERDADE A FIM DE INCLINÁ-LA PARA O MAL: "É UM FATO CERTO QUE O DEMÔNIO NÃO PODE SEDUZIR NINGUÉM, A NÃO SER OS QUE LHE PRESTAM O CONSENTIMENTO DA SUA VONTADE" (IDEM). O SANTO CURA D'ARS DIZ QUE "O DEMÔNIO É UM GRANDE CÃO ACORRENTADO QUE ARREMETE, QUE FAZ MUITO BARULHO, MAS QUE SÓ MORDE OS QUE SE APROXIMAM DELE EM DEMASIA" (SERMÃO SOBRE AS TENTAÇÕES). No entanto, "nenhum poder humano pode ser comparado ao seu, e somente o poder divino o pode vencer e somente a luz divina pode desmascarar as suas artimanhas. A alma que queira vencer a potência do demônio não o poderá conseguir sem oração, nem poderá entender os seus enganos sem mortificação e sem humildade" (São João da Cruz, Cântico espiritual, 3, 9).

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