COMO SERÁ A MINHA CRUZ? NÃO SABEMOS, MAS HAVERÁ! DEVEMOS PEDIR A GRAÇA DE NÃO ESCAPAR À CRUZ
Partindo da Leitura do Evangelho, proposta pela liturgia em que Jesus anuncia a sua Paixão, e que se encaixa em todos os nossos dias, o Papa Francisco explicou que "as palavras de Jesus gelaram os discípulos". Estes provavelmente esperavam um caminho triunfante e tinham medo de colocar perguntas:
“Tinham medo da Cruz. O próprio Pedro, depois daquela confissão solene na região de Cesareia, quando mais uma vez chama a atenção do Senhor: "Não, nunca Senhor! Isto não!" Ele tinha medo da Cruz. Mas não só os discípulos, também Jesus tinha medo da Cruz! Ele não podia enganar-se, Ele sabia. Tanto era o medo de Jesus que naquela noite de quinta feira suou sangue; tanto era o medo de Jesus que quase dizia o mesmo que Pedro, quase…’Pai afasta de mim este cálice…Mas faça-se a Tua vontade.’ Esta era a diferença!”
A Cruz faz-nos medo mesmo nas obras de evangelização. E o Papa Francisco recordou que não há redenção sem a efusão de sangue, não há obra apostólica fecunda sem a Cruz: “Talvez nós pensamos, cada um de nós pensará: E a mim o que acontecerá? Como será a minha Cruz? Não sabemos. Não sabemos, mas haverá! Devemos pedir a graça de não escapar à Cruz quando ela vier: com medo, eh! Isso é verdade! Aquilo faz-nos medo. Mas seguir a Jesus termina nisso. Vêm-me à mente as últimas palavras que Jesus disse a Pedro, naquela "coroação pontifícia" no Tiberiades: "Amas-me?… Paz!"… Mas as últimas palavras foram aquelas: "Vão levar-te onde tu não queres ir!" A promessa da Cruz [também para Pedro].”