Conferência Episcopal Italiana é contra estilos de vida incompatíveis com a dignidade humana
O presidente da Conferência Episcopal Italiana (CEI), cardeal Angelo Bagnasco, se manifestou contra episódios que "revelam estilos de vida dificilmente compatíveis com a dignidade humana e o decoro das instituições e da vida pública", referindo-se implicitamente aos escândalos sexuais ligados ao premier italiano Silvio Berlusconi.
O cardeal criticou dessa forma "os comportamentos não só contrários à decência pública, mas intrinsecamente tristes e vazios", objeto nestas semanas de investigações judiciais e de muitos artigos nos jornais.
O presidente da CEI se manifestou com firmeza sobre o cenário político em seu discurso, com o qual abriu o Conselho Episcopal permanente.
No entanto, não revelou nomes e nunca citou nem indiretamente Berlusconi, cujas "aventuras" parecem 'flutuar' no documento lido aos bispos de toda a Itália.
Por outro lado, estendeu seu raciocínio para toda a classe política da península. "Entristece a deterioração dos costumes e da linguagem política, bem como a recíproca, sistemática difamação, porque é o sentido cívico que se corrompe, complicando toda e qualquer hipótese de renascimento, até o político", refletiu.
Por outro lado, o bispo emérito de Grosseto (Toscana), monsenhor Giacomo Babini, em uma declaração ao site católico Pontifex, disse que o governador da região da Puglia, Nichi Vendola, que é homossexual, "peca mais do que Berlusconi". Em sua opinião, considerando que a homossexualidade contraria a natureza, peca menos aquele que se interessa pelo sexo oposto.