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Egito: Vaticano rejeita acusações de ingerência

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Lisboa, 03 Janeiro de 2010. O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, rejeitou as acusações de “ingerência” nos assuntos egípcios lançadas contra Bento XVI pelo grande imã de Al-Azhar, depois de um atentado que vitimou 21 cristãos.

Em declarações à Rádio Vaticano, o director da sala de imprensa da Santa Sé diz que, no actual momento, “todos devem estar unidos contra o terrorismo”.

O imã Ahmed al-Tayyeb criticou o apelo que o Papa deixou, no dia 1 de Janeiro, aos dirigentes mundiais para protegerem os cristãos, afirmando que se trata de uma "ingerência inaceitável" nos assuntos egípcios, segundo a agência oficial MENA.

No primeiro dia do novo ano, 21 pessoas morreram e 79 ficaram feridas na sequência de um atentado contra uma igreja copta na cidade de Alexandria, situada cerca de 200 quilómetros a norte do Cairo.

Para o padre Lombardi, a posição de Bento XVI é “claríssima”, condenado “radicalmente a violência” e manifestando-se próximo “da comunidade horrivelmente atingida”.

Segundo o porta-voz do Vaticano, a preocupação com a liberdade religiosa das minorias cristãs insere-se “no contexto da preocupação com a liberdade religiosa de todos”, “cristãos ou muçulmanos”.

“Neste momento, é naturalmente necessário o compromisso de todos os responsáveis para a luta contra o terrorismo e para a segurança das populações, mas também o compromisso dos operadores de paz, de todas as fés e todas as tendências, para opor-se a um desenho de ódio”, acrescenta.

Os coptas são uma das mais importantes comunidades cristãs orientais, representando cerca de 10% da população do Egipto, que é de 90 milhões de habitantes.

A Igreja Ortodoxa Copta, de acordo com a tradição, foi estabelecida pelo Apóstolo São Marcos no Egipto em meados do século I (aproximadamente no ano 60).

O seu líder é o Patriarca de Alexandria, actualmente Shenouda III.

 

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