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Itália decide adiar tema sobre o projeto que equipara as uniões homossexuais ao casamento natural

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O projeto de lei Cirinnà, que pretende equiparar as uniões homossexuais ao casamento natural na Itália, foi adiado.

O primeiro-ministro, Matteo Renzi, tinha previsto que a lei seria aprovada até agosto, mas os defensores do projeto não contavam com a barreira de emendas promovidas por um relevante grupo de senadores para evitar a equiparação legal entre casamento, adoção gay e uso de fundos públicos para a propaganda de gênero nas escolas. O projeto de lei aguardará no mínimo até a metade de setembro para voltar à pauta.

Os partidos de esquerda tentam agora que a lei seja aprovada antes do fim do ano civil.

Na carta enviada pelo primeiro-ministro Renzi à maioria parlamentar, antes do atual recesso de verão no hemisfério norte, há uma referência às uniões civis como a reforma “número três” em ordem de importância (após a reforma constitucional e a do terceiro setor). "A partir de setembro, teremos de correr mais", insta o primeiro-ministro. A corrida, porém, pelo menos no que se refere ao projeto Cirinnà, pode continuar com o freio de mão puxado. O presidente da Comissão de Justiça do Senado, Francesco Nitto Palma, tinha tentado nos últimos dias atenuar o frenesi dos defensores da medida, dizendo que a comissão não pode ter excesso de pressa.

Fora dos palácios, há quem se alegre. Massimo Gandolfini, presidente da comissão "Defendamos nossos Filhos", atribui o adiamento "à resistência de alguns senadores corajosos da Comissão de Justiça do Senado e, antes ainda, à vontade do povo, manifestada no dia 20 de junho na Piazza San Giovanni".

Essa mesma "vontade popular" está sendo expressa através de uma petição contra o projeto de lei Cirinnà, lançada na semana passada. Por agora, pode-se votar via site da Comissão, mas, a partir de setembro, haverá pontos especiais em muitas praças de toda a Itália.

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