Menina Benigna será beatificada em 21 de outubro, no Ceará
O anúncio da beatificação foi feito pelo próprio bispo da Diocese de Crato, Dom Gilberto Pastana, ao receber do Vaticano a confirmação da data. Benigna Cardoso, da cidade cearense de Santana do Cariri, será beatificada em 21 de outubro em celebração na Sé Catedral de Nossa Senhora da Penha, em Crato, no Ceará.
“Acabo de receber a confirmação de Roma que justamente no dia 21 de outubro, que é o dia em que a Menina Benigna foi batizada, a celebração da beatificação dela.”
Esse foi o anúncio da beatificação feito pelo bispo da Diocese de Crato, dom Gilberto Pastana, durante um programa local da Rádio Educadora do Cariri, veículo porta-voz da diocese. Benigna Cardoso da Silva, que nasceu e morreu mártir em Santana do Cariri, cidade do Ceará com quase 18 mil habitantes, será beatificada em 21 de outubro em celebração na Sé Catedral de Nossa Senhora da Penha, em Crato. O rito vai contar com a presença de um representante do Papa Francisco, isto é, o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, Cardeal Angelo Becciu.
“Essa data já será marcada no calendário, inclusive litúrgico, como da beatificação da Menina Benigna e Serva de Deus, Benigna Cardoso da Silva”, disse o bispo.
A história da próxima Beata brasileira
A Serva de Deus, considerada “heroína da castidade”, será a primeira Beata nascida no Ceará a receber esse ato, que é um passo para o caminho da canonização. O testemunho de santidade da Menina Benigna começou logo após o martírio, há mais de 70 anos. “Ela morreu por uma causa, ela deu a vida por uma causa, explicitamente comprovada. Ela preferiu morrer para não pecar, por isso ela é a ‘heroína da castidade’. Ela é um exemplo de virtude cristã para todos aqueles que querem ser discípulos do Senhor”, comentou dom Gilberto.
O anúncio, feito exatamente nove meses antes da beatificação, já dando início às preparações ao rito. Em nível diocesano, já está confirmada para a terceira semana do mês de agosto um período de recordação e testemunho da Serva de Deus.
Ao bispo diocesano, segundo as normas da constituição apostólica Divinus Perfectionis Magister, promulgada pelo Papa João Paulo II em 1983, compete o direito de continuar investigando sobre a vida da Serva de Deus e os possíveis milagres para prosseguir com o processo de canonização. “Vamos primeiro celebrar a beatificação e depois começa o processo de canonização. Temos que percorrer todo um caminho que é um pouco diverso do caminho da beatificação”, finalizou Dom Gilberto.