Últimas Notícias

Mineira Nhá Chica entra na lista de beatos da Igreja Católica Apostólica Romana

Paramentos Litúrgicos

 

03 DE MAIO DE 2013 – SEXTA-FEIRA: A mineira Francisca de Paula de Jesus ou Nhá Chica, que será beatificada na tarde deste sábado, 4, em Baependi, sul de Minas, entra em uma lista ainda restrita de apenas 5 santos e 80 beatos brasileiros reconhecidos pela Igreja Católica. Desse total, 37 nasceram no País e 48 são estrangeiros que viveram aqui. Cerca de 60 outros candidatos estão em processo de beatificação e canonização, com boa chance de merecer em breve a veneração dos fiéis nos altares.
O único brasileiro nato canonizado é Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, paulista de Guaratinguetá, fundador e construtor do Mosteiro da Luz, em São Paulo, onde está sepultado. Foi proclamado santo por Bento XVI no Campo de Marte, em 2007, quando o papa, agora emérito, visitou a capital de passagem para a 5.ª Conferência Geral do Episcopado Latino-Americano e do Caribe, em Aparecida.
Santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, que era italiana e chegou aos 9 anos a Santa Catarina, onde se tornou freira, foi canonizada em Roma por João Paulo II em 2002. Antes dela, o papa havia canonizado, em 1988, três mártires jesuítas – o paraguaio Roque Gonzáles e os espanhóis Afonso Rodriguez e João de Castilho, missionários no século 17 nas Reduções, atualmente território do Rio Grande do Sul.
O mais conhecido na lista de beatos é o padre José de Anchieta, nascido nas Ilhas Canárias, que veio com os primeiros jesuítas para o Brasil, onde dedicou a vida à evangelização e educação dos índios. Beatificado por João Paulo II em 1980, sua causa depende da aprovação de um milagre para a canonização. Em duas oportunidades, o Vaticano aprovou a beatificação coletiva de brasileiros natos e de estrangeiros com missão no País.
Os brasileiros André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro e 28 companheiros, beatificados em 2000, foram martirizados por soldados holandeses no Rio Grande do Norte em 1645, durante a Guerra da Restauração vencida pelas tropas luso-brasileiras. Em 1854, o papa Pio IX beatificou um grupo de missionários portugueses, também jesuítas, que foram assassinados por piratas huguenotes (protestantes) na altura das Ilhas Canárias, enquanto navegavam para o Brasil.
Uma das cerimônias de beatificação de maior repercussão foi a de Irmã Dulce Lopes Pereira, na Bahia, em maio de 2011.
Falecida em março de 1992, era muito conhecida e venerada pela sua dedicação aos pobres. A beatificação foi presidida pelo cardeal d. Geraldo Majella Agnelo, então arcebispo de Salvador e primaz do Brasil. Outra beata que viveu na Bahia, embora nascida no Rio Grande do Norte, foi a irmã vicentina Lindalva Justo de Oliveira, martirizada ao resistir a um assédio sexual em 1993. Foi beatificada em 2007.
Campanha. O processo de beatificação de Nhá Chica correu rápido. Começou em janeiro de 1992, dois anos após d. Aloísio Oppermann, então bispo de Campanha (MG), haver submetido a causa à apreciação do episcopado brasileiro.
Desde 1952, vinha sendo feita uma campanha popular para que Nhá Chica fosse considerada santa. Em janeiro de 2011, Bento XVI aprovou o decreto da Congregação para as Causas dos Santos sobre as virtudes heroicas e ela recebeu o título de venerável.
Em outubro do mesmo ano, foi reconhecida como milagre para a beatificação a cura da professora Ana Lúcia Meirelles Leite, que tinha um defeito congênito no coração. Marcada para 11 de maio, a cerimônia foi antecipada para este sábado.

 

Mostrar mais

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo