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MORRE MAIS UM CARDEAL AUTOR DA “DUBIA”. OBRA DO ACASO, MORTE NATURAL OU ALGUMA MÁFIA DISCRETA?

Paramentos Litúrgicos

Carlo CaffarraUm dos mais insignes cardeais da Santa Igreja morreu aos 79 anos; seu nome é Carlo Caffarra, arcebispo emérito de Bolonha, doutor em direito canônico pela Universidade Pontifícia Gregoriana e especializado em Teologia Moral pela Academia Pontifícia Alfosiana.

Muito versado nos assuntos que tocam o matrimônio e a moral, foi destaque nos últimos meses por ter entregue, juntamente com os cardeais Walter Brandmüller, Raymond L. Burke e Joachim Meisner, cinco “dubias” ao Papa Francisco, intimidando humildemente que este aclarasse os pontos assombrosamente ambíguos da exortação pós-sinodal Amoris Lætitia, no que tange à recepção da comunhão pelo os casais em segunda união, nome usado hoje em dia para designar os adúlteros.

Após entregar as “dubias” ao Papa em 19 de setembro de 2016,  juntamente com os já referidos cardeais, não logrou êxito em seu objetivo, mas ao contrário, tendo o Papa ignorado-os completamente, viu-se forçado em escrever uma carta em nome dos quatro cardeais ao Pontífice em 25 de abril de 2017 reclamando uma audiência com este. Meses passaram-se até que em junho último faleceu o Cardeal Joachim Meisner, e, agora, o próprio Caffarra.

O “Papa da Misericórdia” não foi misericordioso o bastante para receber os purpurados que tão somente queriam a clareza doutrinal que faltou na exortação pós-sinodal, e que ocasionou uma onda de interpretações que competiam entre si qual era a mais herética.

Apesar de o Papa Francisco não ter respondido aos cardeais diretamente, seu silêncio e desprezo deixou velado sua opinião acerca da petição de “clareza doutrinal”. É óbvio que o Papa não é da opinião de que sua “Amoris Lætitia” possui ambiguidades nem falta de clareza, talvez porque ser ambíguo e penumbroso era seu objetivo, para que assim, àqueles que desprezam o sacramento do Matrimônio fossem admitidos à receber o Sacramento da Comunhão, se não pela ordem direta mas pela confusão generalizada.

O questionamento que levanta-se é: quem ganha com mais uma morte do grupo de cardeais taxados de “reacionários”? Terá sido obra do acaso ou de alguma máfia discreta a morte destes dois cardeais? Terá o Papa Francisco tanta sorte para que, não o diálogo, mas a inevitável morte viesse prestar-lhe o favor de “calar” os citados cardeais? Será que os dois cardeais restantes irão conseguir realizar a audiência indeferida veladamente até o momento pelo Pontífice? Há quem sustente que o Papa João Paulo I foi morto a mando de terceiros por questões relacionadas ao banco do Vaticano, aparecerá agora quem objete alguma teoria para a morte de Caffarra? Talvez não, se a autópsia constar causas “naturais”, ou talvez sim se esta for ocultada ao público, espera-se que a verdade prevaleça e que Deus proteja os Cardeais Raymond L. Burke e Walter Brandmüller de serem tragados “casualmente” pela inevitável morte.

 

(Artigo escrito por Charles Marquis)

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