Na República Centro-Africana, Papa Francisco diz que cristãos e muçulmanos são irmãos
O papa Francisco pediu nesta segunda-feira, dia 30, que muçulmanos e cristãos se unam, condenando a violência realizada em nome de Deus na República Centro-Africana (RCA), em seu último dia de visita ao país, encerrando giro histórico pela África. "Cristãos e muçulmanos são irmãos e irmãs", declarou.
"Vamos permanecer unidos e dar fim a qualquer ação que desfigure a face de Deus e que tenha como objetivo defender interesses cobertos, em detrimento do bem comum", disse.
"Juntos, vamos dizer não ao ódio, a violência, a vingança, especialmente aquela realizada em nome de Deus", concluiu, em encontro com a comunidade muçulmana na mesquita de Koundoukou, no bairro de PK 5. Região de conflito é extremamente perigosa, considerada "terra de ninguém". Ele chegou ao local em veículo aberto, sem proteção contra balas.
Papa viajou à RCA em meio a preocupações sobre sua segurança, trazendo uma mensagem de paz e reconciliação para um país onde a violência entre cristãos e muçulmanos causou o deslocamento de cerca de 1 milhão de pessoas nos últimos dois anos.
"Cristãos e muçulmanos e membros de religiões tradicionais viveram pacificamente por muitos anos", lembrou.
Durante a visita, Francisco tirou os sapatos, se ajoelhou e ficou em silêncio diante do mirabe, área da mesquita construída na direção da cidade sagrada de Meca. O religioso volta hoje para o Vaticano após giro histórico pela África que incluiu Quênia e Uganda em seu roteiro.