Papa defende economia solidária
O Papa alertou, no Vaticano, para a necessidade da “economia e dos mercados não se desligarem nunca do campo da solidariedade”, durante um encontro com entidades italianas ligadas o cooperativismo financeiro.
Segundo um comunicado publicado pela Sala de Imprensa da Santa Sé, Bento XVI dirigiu-se aos dirigentes da Confederação das Cooperativas Italianas e da Federação Italiana das Caixas de Depósitos de Crédito Cooperativo pedindo-lhes “empenho e profissionalismo” para garantir esse objetivo.
Recordou depois a importância que as organizações de tipo cooperativo têm tido para a implementação de uma experiência de unidade que supera diferenças económicas e conflitos sociais.
“É precisamente na conjugação harmoniosa da dimensão individual e da dimensão comunitária que está o centro de toda a experiência cooperativa”, sublinhou o Papa, recuperando os valores defendidos há 120 anos pela encíclica “Rerum Novarum”, escrita por João XXIII.
Uma obra que é “expressão concreta da complementaridade e subsidiariedade que a Doutrina Social da Igreja tem promovido desde sempre entre a pessoa e o Estado, articulando de modo equilibrado a tutela dos direitos do indivíduo e a promoção do bem comum”, salientou.
Bento XVI considerou essencial reavivar “com novo vigor” estas premissas, “numa época de grandes transformações, de persistente precariedade económica e de dificuldades no mundo do trabalho”.