Discussão

“Na casa de meu Pai existem muitas moradas”. Como se explica essa afirmação de Jesus?

Paramentos Litúrgicos

Um dos textos do evangelho nos faz Jesus dizer o seguinte: “Não se perturbe o vosso coração. Credes em Deus e crede em mim também. Na casa de meu Pai existem muitas moradas.” Como se explica essa afirmação de Jesus? O complicado vem a seguir: “Vou preparar-vos um lugar e quando vos tiver preparado o lugar, voltarei e vos tomarei para que onde Eu estiver estejais vós também.”

A pergunta que os exegetas sempre fazem é esta: quando foi que Jesus voltou a assumir consigo os Seus discípulos?

Num primeiro momento a resposta poderia ser “por ocasião das aparições após a ressurreição. Mas nada disto aconteceu.

Um segundo momento poderia ser por ocasião da morte de cada discípulo. Mas também não é isso notado por quem quer que seja.

Uma terceira explicação pode também vir em nosso auxílio. Jesus nos levará consigo por ocasião da nossa morte, no momento da nossa morte.

Mas existe uma outra resposta que se dá. Jesus voltou e volta sempre na pessoa do Espírito Santo. É através do Espírito Santo que Jesus ressuscitado inaugura um novo tipo de presença na Igreja; uma presença muito mais atuante, uma presença difusa, uma presença eficassíssima e uma presença interna porque o ressuscitado está aonde Ele quer estar, aonde Ele deseja estar. Uma presença interna porque agora, graças ao Espírito Santo, Ele pode estar no íntimo de cada um de nós, Ele pode estar dentro de nós e pode ter feito morada dentro de nós. E que mais gostaríamos de viver neste mundo de Deus na espera do definitivo se não saber que temos Jesus Cristo conosco? Companheiro de nossa viagem rumo à eternidade.

De uma forma ou de outra, Ele está conosco. Se Ele nos toma , nos toma no presente. E nós estamos nele sem interposta pessoa porque, graças ao Espírito Santo, a Sua presença é direta e imediata. A Sua presença é extremamente consoladora para cada um de nós.

É graças a isto, graças a esta fé, que Jesus não é para nenhum de nós uma pessoa da antiguidade; veneranda, porém distante de nós no tempo e no espaço.

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