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Papa Francisco afirma que gostaria de visitar o Iraque

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Durante o voo entre Istambul, na Turquia, e Roma, na Itália, o papa Francisco conversou por mais de 45 minutos com os jornalistas que acompanharam sua visita à Turquia e revelou que gostaria de visitar o Iraque.

"Eu quero ir para lá. Conversei com o patriarca Sako, convidei o cardeal Filoni, mas no momento não é possível. Não porque eu não quero. Mas, se fosse nesse momento, criaria um problema sério de segurança para as autoridades. Mas, eu gostaria muito", disse o líder da Igreja Católica.

Ele já enviou o cardeal Filoni para verificar as condições dos cristãos no Iraque, que estão sendo seriamente perseguidos pelos terroristas do Estado Islâmico (EI, ex-Isis). O Papa, sempre que possível, critica a postura dos extremistas e pede que a comunidade internacional reaja – não só com armas – ao avanço do grupo tanto no Iraque como na Síria.

Para os repórteres, Jorge Bergoglio voltou a reafirmar que o mundo vive "uma terceira guerra mundial em pedaços, em capítulos, por todos os lugares" e causa diversas "inimizades, problemas políticos e econômicos".

"Os conflitos se multiplicam porque as armas são dadas a eles. No ano passado, em setembro, todos diziam que a Síria tinha armas químicas. Eu acredito que a Síria não estava em situação de ter armas químicas. Quem as vendeu? Talvez alguns daqueles que acusavam o país de tê-las. Esse negócio de armas é um mistério", desabafou Bergoglio.

Ele ainda aproveitou para criticar que, com tudo que está vendo no mundo, a "humanidade não aprendeu nada com Hiroshima e Nagasaki", as cidades onde as bombas atômicas explodiram durante a Segunda Guerra Mundial.

Continuando a falar sobre as guerras e os conflitos armados, o Papa contou uma parte de suas conversas com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan. "Eu disse para ele que seria bonito se todos os líderes islâmicos, os líderes políticos, religiosos, acadêmicos condenassem claramente o terrorismo e falassem que isso não é o Islã", ressaltou.

Francisco explicou ainda aos jornalistas sua intenção de reunificar a Igreja Católica e as igrejas ortodoxas.

Após Bartolomeu I, patriarca de Constantinopla, também querer essa união, o líder dos católicos afirmou que tem perspectivas de um encontro com o Patriarcado de Moscou.

"Sobre o patriarca de Moscou, Krill, eu quis que ele soubesse e ele ficou de acordo com um encontro entre nós. 'Você me chama e eu vou', disse para ele. E ele tem a mesma vontade. Mas, nesses últimos meses com o problema da guerra e com tantos problemas que existem, o encontro com o Papa passou para segundo plano", explicou o Pontífice reforçando que a reunião pode ocorrer em breve. 

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