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Papa Francisco elogia fim da política do filho único na China

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Em entrevista à imprensa asiática, o papa Francisco elogiou o fim da política do filho único na China.

"O problema da China deve ser muito doloroso, porque a pirâmide fica invertida e um filho deve suportar o peso de seu pai, sua mãe, o avô e a avó. Isso é cansativo e não é o caminho natural", disse em entrevista ao site "Asia Time".

Ainda de acordo com Francisco, o povo chinês está avançando após, "como todas as populações, ter passado por momentos iluminados e sombrosos". Questionado pelo repórter como as famílias chinesas devem encarar essa mudança, o Pontífice disse, em tom de brincadeira, estar se sentindo como "uma sogra dando conselhos sobre como as coisas devem ser feitas".

A Assembleia Nacional Popular da China aprovou no ano passado a medida que acaba com a histórica política do filho único, que vigorou por mais de 35 anos para controle de natalidade no país.

Se a norma não tivesse sido estabelecida em 1979, calcula-se que a população chinesa teria 400 milhões a mais de pessoas hoje em dia. Atualmente sua população é de 1,3 bilhões

A polêmica medida criou um desequilíbrio demográfico de gênero, no entanto, por conta dos abortos seletivos nos quais a preferência era pelos bebês do sexo masculino. De acordo com especialistas, existem cerca de 30 milhões de homens solteiros na China, com baixas possibilidades de encontrar esposas.

Coelhos – No ano passado, Francisco disse a jornalistas quando voltava de uma viagem pela Ásia, que é preciso existir uma "paternidade responsável" e que os católicos não devem ter filhos "como coelhos". "Alguns acham, perdoem a expressão, que para ser um bom católico é preciso ser como os coelhos", disse. Comentando o encontro com uma mulher que estava grávida do oitavo filho, Francisco disse que "isso é uma irresponsabilidade! A resposta é a paternidade responsável e eu conheço muitas vias lícitas que ajudam".

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