Papa Francisco faz apelo para evitar execução nos EUA
O papa Francisco lançou um apelo ao estado norte-americano da Geórgia para evitar a execução de Kelly Renee Gissendaner, de 47 anos, condenada pelo homicídio de seu marido, ocorrido em 1997.
Em uma carta escrita pelo núncio apostólico nos Estados Unidos, Carlo Maria Viganò, o Pontífice diz não querer "minimizar a gravidade" do crime cometido pela mulher, mas "implora" pela substituição da pena de morte por uma sentença que "exprima melhor a justiça e a misericórdia".
Gissendaner foi condenada por ter sido mandante do assassinato de seu marido, delito executado pelo seu amante, Gregory Owen, sentenciado à prisão perpétua, mas que pode ganhar liberdade condicional em 2022.
Os advogados da mulher alegam que a pena de morte é "inapropriada", já que ela não cometeu de fato o homicídio. No entanto, uma comissão encarregada de examinar o caso rejeitou nesta terça-feira (29) a solicitação da defesa para mudar a condenação para prisão perpétua e confirmou que Gissendaner será morta com uma injeção letal, o que deve acontecer ainda hoje.
De maneira geral, a execução de mulheres é algo raro na Justiça dos EUA. Desde 1976, quando a Suprema Corte restabeleceu a pena de morte, apenas 15 morreram, contra cerca de 1,4 mil homens.
Há menos de uma semana, o papa Francisco fizera um apelo no Congresso norte-americano pela "abolição global" da sentença capital, uma vez que "toda vida é sagrada e que toda pessoa humana é dotada de uma dignidade inalienável".