Papa Francisco pede solução pacífica no Níger e reza pela Ucrânia
O papa Francisco fez um apelo pelo fim da violência no Níger, palco de uma crise diplomática instaurada por um golpe de Estado, e pediu orações pela paz em todos os países afetados por conflitos, incluindo a Ucrânia.
“Acompanho com preocupação o que está acontecendo no Níger Uno-me ao apelo dos bispos em favor da paz no país e da estabilidade na região do Sahel”, declarou o Pontífice durante a oração do Angelus.
Francisco manifestou também o seu apoio aos esforços da comunidade internacional para “encontrar uma solução pacífica o mais rápido possível para o bem de todos”.
“Rezemos pelo querido povo do Níger”, acrescentou ele.
Nesta semana, os líderes militares dos países da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Cedeao) discutiram a possibilidade de uma intervenção no Níger para “restaurar a ordem constitucional”, em resposta ao golpe militar que prender e depôs o presidente Mohamed Bazoum.
Além disso, o líder da Igreja Católica apelou por paz em todos os países atingidos por conflitos, incluindo a Ucrânia. “Também invoquemos a paz para todas as populações feridas pelas guerras e pela violência, especialmente rezemos pela Ucrânia que sofre há tanto tempo”, enfatizou.
Durante sua mensagem, o argentino também citou a necessidade de ser como Deus, firme, mas não “rígido”, para poder “mudar” de plano.
“Quem ama não permanece rígido em suas posições, mas se deixa comover; sabe mudar seus planos. O amor é criativo. E nós cristãos, se quisermos imitar a Cristo, somos convidados a estar abertos à mudança”, enfatizou.
“Como nos faz bem, nos nossos relacionamentos, mas também na nossa vida de fé, ser dóceis, ouvir verdadeiramente, ser movidos pela compaixão e pelo bem dos outros, como Jesus com a mulher cananeia. A docilidade para mudar”, continuou ele, fazendo referência à passagem bíblica que relata o encontro de jesus com uma cananeia.
De acordo com ele, “ela não é rica de conceitos, mas de fatos” e é nisso que “está a concretude da fé, que não é um rótulo religioso, mas uma relação pessoal com o Senhor”.
“Quantas vezes caímos na tentação de confundir a fé com um rótulo. Uma mulher não é feita de etiqueta teológica, mas de insistência; não de palavras, mas de oração. E Deus não resiste quando se reza a ele”, finalizou.