Papa Francisco recebe no Vaticano as Irmãs Hospitaleiras da Misericórdia
O Santo Padre recebeu no Vaticano, na manhã deste sábado (24/9), na Sala Clementina, cerca de 130 Irmãs Hospitaleiras da Misericórdia, cuja vocação corresponde de modo direto a este Jubileu da Misericórdia.
Em seu discurso às religiosas, o Papa agradeceu ao Senhor pelo compromisso desta família ao seguir o caminho de fidelidade ao carisma deixado pela fundadora, a Serva de Deus Teresa Orsini Doria Pamphilj Landi, dedicado às novas formas de pobreza dos nossos tempos: um sinal concreto da misericórdia do Pai.
Com efeito, a fundadora as Irmãs Hospitaleiras mostra, de modo eloquente, quanto a Palavra do Senhor pode mudar a vida de quem se torna seu discípulo. Esta senhora, leiga e de família nobre, coadjuvada por dois sacerdotes, deixou-se guiar pelas palavras de Jesus “Estava doente e me visitaste”:
“Diante da fraqueza da doença não podem existir distinções de estado social, raça, língua e cultura; todos nos tornamos frágeis e somos confiados aos outros. A Igreja tem como compromisso e responsabilidade a proximidade aos que sofrem, levar-lhes consolação, conforto e amizade”.
Neste sentido, Francisco exortou as Irmãs Hospitaleiras da Misericórdia a reforçarem seu serviço aos irmãos e irmãs internados nos hospitais para que se sintam aliviados na sua dor. “Jamais se rendam diante deste precioso serviço”, – exortou o Papa – apesar de todas as dificuldades existentes.
Em nosso dias, – afirmou – certa cultura laicista busca eliminar dos hospitais toda referência religiosa, que provoca dolorosas carências humanas nos lugares de sofrimento.
Ao término de seu breve discurso às Irmãs Hospitaleiras, o Santo Padre as encorajou, dizendo:
“Nunca se cansem de ser amigas, irmãs e mães do enfermos. Que a oração seja sempre a linfa que sustenta a sua missão evangelizadora. Ao se aproximarem dos doentes transmitam-lhes a paz e a alegria, frutos do Espírito Santo. Jesus, que está presente na pessoa do enfermo, seja a sua força”.
Francisco concluiu suas palavras, recordando o quarto voto religioso, de grande atualidade, que caracteriza a Congregação fundada por Teresa Orsini: “Dedicar-se às pessoas sem-teto, sem família, sem pátria e necessitadas de acolhimento”.