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Separação de casais é “inevitável” às vezes, diz Papa Francisco, em audiência geral

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Durante a tradicional audiência geral desta quarta-feira (24), o papa Francisco falou sobre os problemas das famílias moderna e destacou que a separação dos casais é, às vezes, "inevitável".

 

"É verdade, por outro lado, que em alguns casos a separação é inevitável. Às vezes ela pode se tornar moralmente necessária, precisamente quando o cônjuge mais fraco ou os filhos são subjugados. Há ainda as feridas mais graves causadas pela prepotência e pela violência, pela humilhação e pela exploração, pela estranheza e pela indiferença", destacou durante a homilia.

 

Ressaltando as "feridas que se abrem no interior da convivência familiar", Jorge Mario Bergoglio pediu uma reflexão especial sobre os problemas que atingem as crianças. Segundo o Pontífice, falam-se muitos em "distúrbios comportamentais, de saúde psíquica", mas quase ninguém pára para ver "as feridas das almas das crianças".

 

"Quando os adultos perdem a cabeça, quando cada um pensa só em si mesmo, quando papai e mamãe se fazem mal, as almas das crianças sofrem muito, experimentando um senso de desespero. E são feridas que deixam sinais para toda a vida", afirmou.

 

As afirmações de Francisco ocorrem um dia após ser divulgado um documento que guiará as ações do Sínodo dos Bispos sobre a Família, em outubro. No "Instrumentum Laboris", há uma abertura para os divorciados que se casaram novamente no civil e debates sobre as famílias modernas.

 

Desde que assumiu o Pontificado, Bergoglio pede que os cristãos não julguem aqueles divorciados que se casaram novamente e sempre ressaltou que eles não estão "excomungados" da Igreja – só não podem comungar. A postura do sucessor de Bento XVI vai contra as principais correntes tradicionalistas católicas – que não aceitam a integração de quem estaria vivendo contra as normas da Igreja.

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