SINAIS DO CÉU QUE CONFIRMAM DOGMAS – PARTE II – ARTIGO ESCRITO PELA CATEQUISTA MÔNICA ROMANO
Este é um termo pouco conhecido a grande maioria das pessoas, e mesmo os meios científicos não conseguiram explica los ao longo dos anos. A Igreja também não fornece muitos dados a respeito e tem muito cuidado no pronunciamento dos fatos. Muito provavelmente a Igreja possui muitos casos catalogados de estigmas. Mas assim como as Aparições antes do século XIII, não haviam relatos de estigmatizados.
E o que são estigmas? Estigmas são a princípio , marcas, a palavra designa marcar, como se marcavam o gado, mas espiritualmente falando, os estigmas nos remetem as marcas visíveis das 5 chagas que Cristo sofreu na crucificação.
Segundo os estudos da Igreja, o fenômeno acontece com quem tem vida devota a Cristo, e desejam participar de seu sofrimento, mas o que Cristo suportou, homem algum suportaria, por isso a maior parte dos estigmatizados recebem no máximo dois dos sinais, e em alguns casos como o de Santa Catarina ( 1347-1380) os estigmas não eram visíveis e sim internos ela sentia as dores dos estigmas. Catarina desde criança sempre foi atraída por Jesus. Rezava por horas na gruta, tinha visões e também a acompanhavam fenômenos de levitação.
O primeiro caso relatado de que se tem notícias é de São Francisco de Assis ( 1181-1226). Aos 23 anos em 14 de Stembro de 1224, na festa da Exaltação da Santa Cruz, enquanto rezava no Monte Alverne, Francisco teve a visão de um Serafim, sobre o qual brilhava o Crucificado. Quando a imagem desapareceu, Francisco sentiu o coração arder de amor, enquanto em sua carne estavam impressos os sinais da Paixão do Senhor, apareceram em suas mãos e nos pés as marcas dos cravos, e no dorso uma fenda como se tivesse sido atingido por uma lança. Como na época estes fatos não eram estudados, a Igreja dá crédito as testemunhas oculares.
O caso do Padre Pio de Pietralcina ( 1887-1968) é o mais recente e pode ser estudado, Padre Pio recebeu os estigmas por 50 anos, alguns sumiram pouco antes de sua morte e outros após seu falecimento. Padre Pio era um capuchinho de saúde fraca, que atraia muitos fieis, passava mais de quinze horas ouvindo confissões. O médico da família de Padre Pio, disse que as feridas nas mãos tinham a medida de 1,5 cm e eram tão profundas que podia se ver a luz transpassa las. Como sangrassem continuamente, ele usava bandagens diariamente. Vários médicos examinaram os estigmas de Padre Pio, e neles não encontraram indícios de fraude ou embuste, e só puderam comprovar que trata se de graça divina.
Santa Rita de Cássia, mãe e esposa que depois de perder a família entrou para um convento, recebeu um sinal do estigma da Cruz, um espinho cravado em sua testa que lhe causava muita dor, que ela suportava pelo bem das almas, quando de sua morte, o espinho sumiu e no seu lugar um perfume agradável de rosas emanava.
Santa Catarina de Ricci ( 1522-1590)
Anna Catharina Emmerich ( 1774-1824)
Desde muito pequena Anna já tinha sua intimidade com o céu, brincava com Jesus, com anjos e santos, e achava que isso era comum entre as crianças, vendo que se espantavam com seus relatos, passou a guardar silêncio sobre os acontecimentos.
Quatro anos antes, Anna recebeu o estigma, estando de joelhos diante do tabernáculo, Anna teve uma visão, um Jesus jovem veio até ela com duas coroas nas mãos, em uma , uma coroa de flores, na outra , uma coroa de espinhos, disse que Anna escolhesse entre elas, ela escolheu a de espinhos e foi atendida, a coroa foi lhe colocada na cabeça. A partir de então, passou a sentir dores terríveis e sua cabeça ficou inchada, passou então a usar uma touca sobre a testa para esconder os ferimentos e segurar os sangramentos.
Anna só pode entrar para o convento sob condição, pois não tinha dote para que pudesse ingressar, Clara filha da organista e também exímia no instrumento foi aceita de bom grado no convento, mas a mãe impôs uma condição, ela só entraria se Anna também o pudesse. O pedido foi aceito. Em 1812 , Anna novamente de joelhos diante do tabernáculo recebeu a visita de Jesus que lhe entregou um crucifixo que ela colocou junto do coração, e ele ficou gravado nele, recebeu também as marcas da crucificação nas mãos e pés, de onde também saia luz, surgindo também gotas de sangue. Anna só se alimentava da Eucaristia, de água misturada com vinho, ou suco de uma cereja ou ameixa, escondia as feridas dos estigmas, e ficava de cama como adoentada.
Anna passou por exames médicos e eclesiásticos, sendo comprovados por ambos a autenticidade de seus estigmas. Anna também tinha visões entre elas do purgatório e era sempre acionada pelas almas que lhe pediam orações, dentre suas visões estavam acontecimentos passados e futuros.
A maior parte dos estigmas acontecem com mulheres, apenas quatro homens são listados, dentre outros casos podemos citar, Santa Verônica Giuliana ( 1660-1727), Santa Gema Galgani ( 1878-1903), Santa Clara de Montefalco ( 1268-1308), Margarida de Città di Castello ( 1248-1291), Paulo Diebel , Faustina Kowalska ( 1905-1938), Frei Juan de Jesús, Hosana de Mântua (1449-1505), Lúcia Brocadelli de Narni ( 1476-1544), María de León Bello y Delgado ( 1634-1731) São João de Deus ( 1495-1550).
Os estigmas confirmam o dogma da salvação pelo sangue derramado de Cristo na Cruz. Eles são um sinal do que Cristo sofreu na Cruz por nós. Segundo o Padre Tito Paolo Zecca , um dos maiores especialistas do assunto, os estigmas são uma experiência de alegria e dor, as chagas podem ser purulentas e nunca se curar, mas podem ajudar a curar os outros. Apesar do sofrimento que as chagas podem vir a causar nos santos, eles as consideravam graças, e não morreram em decorrência delas, muitos deles viveram vidas longas. O sofrimento de Jesus na Cruz foi único e singular. Somente as chagas de Cristo têm o poder de abrir as portas da salvação para o homem.