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Terceiro dia de ataques a Gaza: Cáritas Jerusalém protesta

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Segundo fontes médicas locais, o terceiro dia da ofensiva israelense na Faixa de Gaza começou com 14 mortos, entre os quais 7 mulheres e 4 crianças. Na noite entre quarta-feira, 9, e quinta-feira, 10 de julho, a força aérea israelense realizou mais de 300 ataques em poucas horas.

As notícias são da agência FIDES. Ela ressalta os vários testemunhos que confirmam que, diferentemente de campanhas anteriores, em que os alvos dos bombardeios eram principalmente bases da polícia e edifícios do governo em mãos do Hamas, desta vez foram atingidas casas de civis e edifícios junto às áreas dos campos de refugiados.

Oito vítimas foram atingidas por um míssil enquanto assistiam à semifinal da Copa do Mundo entre a Argentina e a Holanda no bar de um povoado da Faixa de Gaza. Enquanto isso, o Egito abriu a passagem de Rafah para permitir que os palestinos feridos sejam socorridos nas unidades de saúde do norte do Sinai.

O número de vítimas já passa de setenta. Cresce também o de feridos. Enquanto se prefigura a possibilidade de uma intervenção israelense por terra, a Cáritas Jerusalém lança o alarme sobre a emergência humanitária que afeta a população de Gaza. A organização apoia muitos projetos e atividades na Faixa de Gaza, incluindo uma clínica móvel e um centro de saúde para dar assistência psicológica a crianças com extremidades artificiais, implantadas após amputações devidas a operações militares israelenses anteriores.

Todas as atividades foram suspensas por causa dos bombardeios. Os trabalhadores da Cáritas presentes em Gaza estão se preparando para responder à emergência quando os ataques aéreos israelenses terminarem e se desvanecer a ameaça de uma intervenção por terra.

Em comunicado enviado à agência Fides, a Cáritas Jerusalém condena “a violência e o assassinato de pessoas inocentes, em especial mulheres e crianças”.

“A população de Gaza já vive em situação trágica por causa do embargo a que está submetida há doze anos e sofreu três conflitos em oito anos”.

No texto distribuído pela Cáritas Jerusalém, reafirma-se “o direito de Israel de viver em paz e dos israelenses de viver em segurança”, saindo de um estado marcado pelo medo. Mas o texto afirma que esse direito não pode ser garantido “pela guerra e pela agressão contra pessoas inocentes”. A única maneira de se obter a paz e a segurança é “a justiça e a resolução dos conflitos”, o que só pode ser feito com o reconhecimento do direito do povo palestino de viver em liberdade na própria terra, permitindo-se que Gaza se abra para o mundo.

 

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