Vaticano confirma encontro entre Papa e Orbán em setembro
O Vaticano confirmou que o papa Francisco vai se reunir com o primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, no próximo mês de setembro.
No poder desde 2010, o premiê é uma das principais figuras da extrema direita europeia e é acusado de perseguir migrantes, refugiados, homossexuais e adversários políticos.
Segundo comunicado do Vaticano, o líder da Igreja Católica vai desembarcar em Budapeste na manhã de 12 de setembro e se reunirá logo em seguida com Orbán e o presidente da Hungria, János Áder, no Museu de Belas Artes.
O encontro deve durar cerca de 30 minutos e, na sequência, o Papa será recebido por bispos húngaros e por representantes ecumênicos e da comunidade judaica do país.
Antes de partir, Jorge Bergoglio celebrará a missa de encerramento do 52º Congresso Eucarístico Internacional, evento que acontece entre 5 e 12 de setembro.
Nas homilias e nos discursos do Papa, são recorrentes as críticas a políticos nacionalistas e populistas, embora ele nunca cite ninguém especificamente.
O governo Orbán já é alvo de denúncias na UE por ações como recusar comida a migrantes e criminalizar ajudas a deslocados internacionais que tenham entrado na Hungria sem autorização.
Além disso, sua gestão é acusada de violar o estado de direito em repetidos ataques à imprensa, a minorias e ao poder Judiciário, e de homofobia ao aprovar uma lei que proíbe a “promoção” da homossexualidade para menores de idade.
Eslováquia
Após a breve passagem pela Hungria, Francisco embarcará para a Eslováquia, onde visitará a capital Bratislava e as cidades de Presov, Kosice e Sastín-Stráze até o dia 15 de setembro.
Durante sua viagem pelo país europeu, o Papa participará de um encontro ecumênico, se reunirá de forma privada com membros de sua ordem, a Companhia de Jesus, e terá compromissos com autoridades políticas, religiosas e da sociedade civil.
Além disso, se reunirá com a comunidade cigana e com jovens.