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Vaticano permitirá que documentário do Papa Francisco concorra ao Oscar

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Pela primeira vez em sua história, o Vaticano permitirá que um documentário sobre o Papa participe do processo de seleção dos filmes que poderão concorrer ao Oscar.
   

A autora do livro Papa Francesco: La Mia Idea di Arte (Papa Francisco: A minha Ideia de Arte), Tiziana Lupi, apresentou nos Museus Vaticanos o trabalho homônimo dirigido por Claudio Rosso Massimi, produzido pela Imago Film e distribuído por Corado Azzollini.
   

Segundo Lupi, o objetivo do longa-metragem, que concorrerá a uma das vagas de Melhor Documentário do Oscar de 2018, é o de "traduzir em imagens o pensamento do papa Francisco sobre a arte, que consiste no fato que, pra além da estética, a arte quer ser um instrumento de evangelização e contemporaneamente um meio para contrastar a cultura do desperdício". Em um das cenas do filme, baseado no livro da italiana, por exemplo, Jorge Mario Bergoglio afirma que "Deus não conhece a nossa atual cultura o desperdício, Deus não descarta nenhuma pessoa, procura todos, ama todos". No documentário, o Pontífice também comenta que "os museus devem acolher as novas formas de arte e devem escancarar as portas às pessoas de todo o mundo" já que são "um instrumento de diálogo entre as culturas e religiões, um instrumento de paz". O líder da Igreja Católica também aparece dizendo no filme, que quer apresentar um itinerário inédito para exprimir do melhor modo o pensamento de Francisco sobre o assunto, que esses espaços não são para os "eleitos", mas para todos, "a começar pelos mais humildes".
   

Graças às filmagens com resolução de imagem 4K e ao uso de um drone para tomadas aéreas, o espectador, acompanhado também pela voz do Papa, terá a sensação de realmente visitar a galeria ideal do religioso argentino. O percurso inclui, entre outras obras, monumentos e espaços expositivos, peças como o Torso Belvedere, o Obelisco de São Pedro, a Cátedra de São Pedro, o Sepultamento de Cristo de Caravaggio, a Capela Sistina e a Virgem de Lujan de Alejandro Marmo, artista contemporâneo amado por Bergoglio. Na apresentação do documentário também estava a diretora dos Museus Vaticanos, Barbara Jatta, que falou sobre o papel importante da arte, principalmente a da sacra, nos dias atuais e dos museus da Santa Fé neste contexto.

 

Por isso, a italiana comentou que os museus do Papa tiveram nas últimas semanas uma média de 27 mil visitantes por dia e que no ano passado mais de 6 milhões de pessoas visitaram o local. "Mesmo assim, respondemos ao pedido de papa Francisco de escancarar as portas dos museus às pessoas de todo o mundo", completou Jatta mencionando também os vários projetos que estão sendo desenvolvidos atualmente pela entidade católica em vários lugares, como Austrália, China e países da América Latina.   

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