Viagem do Papa Francisco à África está mantida, confirma Vaticano
A série de atentados ocorridos em Paris na última sexta-feira (13) não mudaram os planos do Vaticano para a viagem do papa Francisco à África.
"Permanecem as três etapas e depois veremos a situação no terreno", informou o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin.
O Pontífice partirá da Santa Sé no dia 25 novembro e visitará o Quênia, Uganda e a República Centro-Africana (RCA), sendo que esta última é a que mais preocupa os serviços de Inteligência por causa dos constantes conflitos internos. A volta à cidade-Estado está marcada para o dia 30 de novembro.
O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, voltou a afirmar que a ida ao continente "era muito desejada pelo Papa" e que por isso não há motivos para o cancelamento. "Vivemos em um mundo complexo, mas continuaremos a preparação", falou.
Até mesmo, por causa desse desejo, o líder católico quer abrir a "primeira Porta Santa" do Ano Santo Extraordinário no dia 29 de novembro, na capital da RCA, Bangui. O simbolismo do ato é antecipar o início de um dos eventos mais importantes do catolicismo, o Jubileu, que está programado para iniciar no dia 8 de dezembro em Roma.
Porém, a informação ainda não foi confirmada e os detalhes do giro em território africano serão anunciados na próxima sexta-feira (19), em uma coletiva de imprensa convocada pelo próprio Vaticano.
Mas, na Igreja Católica, não falta o realismo e, desde o início da preparação para esta jornada, a etapa na nação conflituosa ficou como última fase. Isso foi pensado justamente para, em caso de problemas mais graves, poder mudar os planos na última hora. Forças que atuam na segurança de Jorge Mario Bergoglio ressaltam que a ida RCA requer "muita, muita atenção" de todos os envolvidos.
O secretário-geral da Conferência Episcopal Italiana (CEI), Nunzio Galantino, rebateu nesta terça-feira (17) toda a "sensação do medo" sobre a viagem informando que a "Gendarmaria vaticana está trabalhando com as Nações Unidas" e ressaltando que a ação não está sendo organizada como "se fossem quatro crianças vestidas de anjos".
Essa será a quinta peregrinação internacional de Jorge Bergoglio apenas em 2015 e a 11º do seu Pontificado.