ARTE SACRA: Museu Britânico expõe relicários da Europa
O Museu Britânico, em Londes, expõe até 9 de outubro mais de 150 relicários, numa mostra intitulada “Tesouros do Céu. Santos, relíquias e devoção na Europa medieval”.
Os responsáveis pela iniciativa assinalam que esta é a “primeira vez que se reúnem alguns dos melhores tesouros da Idade Média” no mesmo espaço.
Os visitantes podem observar mais de 150 peças, vindas de quatro dezenas de locais, incluindo o Vaticano, diversas igrejas europeias e museus, incluindo a coleção do próprio British Museum.
Uma relíquia é um objeto preservado com o propósito de ser venerado religiosamente: uma peça associada a uma história religiosa, um objeto pessoal, partes do corpo de um santo ou de um beato.
As relíquias são usualmente guardadas em recetáculos próprios chamados relicários, muitas vezes feitos em ouro ou prata e ricamente decorados.
“Foi no período medieval que o uso de relíquias para práticas devocionais de desenvolveu e se tornou uma parte central do culto cristão. Para muitos, as relíquias de Cristo e dos santos continuam a ser uma ponte entre o céu e a terra, ainda hoje”, refere o Museu Britânico, no texto de apresentação da exposição.
Os objetos mais antigos datam do período romano e marcam a “evolução do cultor dos santos” desde o século IV ao final da Idade Média.
Entre as relíquias apresentadas estão três pequenos espinhos do que se pensa ter sido a Coroa de Espinhos referida nos evangelhos, fragmentos da Cruz de Jesus ou cabelo de São João evangelista, entre outros.
Destaca-se o facto de muitas destas peças não serem vistas em número tão significativo no Reino Unido desde a separação da Igreja Anglicana, no século XVI, que levou à destruição de muitos santuários de santos católicos. NÃO AO ABORTO: Padre Juarez de Castro, Irene Grandi, Fabio Botto Farhan, Padre Marcelo Rossi e Beatrice Ludovico.