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BENTO XVI pede que paisés do oriente médio garantam segurança a cristãos

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O papa Bento XVI expressou hoje sua preocupação com a segurança dos cristãos que vivem no Oriente Médio e apelou às autoridades da região para que garantam a liberdade de culto.
   
"Renovo às autoridades destes países e aos chefes religiosos muçulmanos meu apelo preocupado para estabelecer que seus cidadãos cristãos possam viver em segurança e continuar a contribuir com a sociedade da qual são membros plenos", afirmou o Pontífice durante a audiência com o corpo diplomático credenciado na Santa Sé.
   
O líder máximo da Igreja Católica tem expressado em seus discursos desde o início do ano sua preocupação com a integridade dos cristãos no Oriente Médio, após o atentado a uma Igreja Copta — dos cristãos ortodoxos do Egito — que ocorreu na passagem de ano em Alexandria e matou 23 pessoas, ferindo outras dezenas.
   
Em 31 de outubro de 2010, homens armados que pertencem ao braço iraquiano da rede terrorista Al-Qaeda tomaram de assalto uma igreja siríaca de Bagdá durante uma missa e mataram 46 pessoas.
   
Joseph Ratzinger observou que, "olhando para o Oriente, os atentados disseminaram morte, dor e perda contra os cristãos do Iraque a ponto de forçá-los a deixar a terra onde seus pais viveram durante um século".
   
"Também no Egito, em Alexandria, o terrorismo golpeou brutalmente os fiéis em oração em uma igreja", afirmou o Papa, para quem "esta sucessão de ataques é um sinal anterior da urgente necessidade para os governos da região de adotar, apesar da dificuldade e das ameaças, medidas eficazes para a proteção das minorias religiosas".
   
De acordo com a organização não-governamental World Christian Database, os cristãos são atualmente 10% da população residente no Oriente Médio.
   
O Pontífice também pediu que a China "pare com a ambiguidade" em suas posturas de modo que os fiéis não se sintam divididos "entre a fidelidade a Deus e a lealdade a sua pátria". No ano passado, Pequim ordenou um bispo católico sem a autorização do Vaticano, o que levou a um mal-estar entre os dois estados.
   
Bento XVI lembrou que a Constituição chinesa "reconhece uma certa liberdade religiosa", mas "a vida da comunidade religiosa é difícil e precária", porque o país é assentado em um "controle, para não dizer um monopólio, do Estado sobre a sociedade".
   
Ratzinger também abordou na audiência o tema do aborto, sobre o qual atestou que "não se pode felicitar a adoção, por parte do Conselho da Europa, no último mês de outubro, de uma resolução que protege o direito dos médicos de obedecer à consciência frente a certos atos que lesam gravemente o direito à vida, como o aborto".
   
O Santo Padre reclamou da "exclusão" da vida religiosa na sociedade e destacou que atualmente que há contradições nas leis de alguns países que permitem que os cristãos ajam conforme "suas convicções religiosas e morais", mas que têm leis que "limitam o direito à obediência da consciência dos profissionais de saúde" ou outros.

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