Com refugiados, Papa Francisco pede fim da exclusão de imigrantes
O papa Francisco fez mais um gesto de acolhimento de refugiados e celebrou a tradicional audiência geral ao lado de um grupo de imigrantes. Durante suas falas, o Pontífice voltou a pedir o fim da exclusão dos estrangeiros nos países.
"Hoje estou ao lado desses jovens e muitos deles pensam que era melhor ter permanecido em suas terras, mas lá sofriam muito. São os nossos refugiados, mas tantos os consideram excluídos. Por favor, eles são nossos irmãos. O cristão não pode excluir ninguém, precisa dar espaço para todos, deixemos que todos venham", disse o sucessor de Bento XVI às mais de 15 mil pessoas que acompanhavam a cerimônia.
Lembrando a passagem bíblica em que Jesus cura um leproso, Jorge Mario Bergoglio fez um paralelo com os "excluídos" da sociedade dos tempos atuais.
"Jesus estendeu a mão para o leproso. Quantas vezes nós encontramos os pobres, quantas vezes podemos ser generosos, ter compaixão. Mas, nós não os tocamos, damos dinheiro, mas evitamos tocar as suas mãos. Jogamos ali e esquecemos que aquele é o corpo de Cristo", disse ainda.
Para Francisco, "Jesus não busca o sensacionalismo, mas cura com amor as nossas feridas, modelando pacientemente o nosso coração ao seu modelo e o gesto messiânico de Jesus culmina com a inclusão do leproso na comunidade dos crentes e na vida social".
O tema imigração é muito caro ao Papa, que já fez diversos discursos – religiosos ou não – defendendo o acolhimento e a integração dos refugiados à vida "normal" dos países europeus.
Além de falar sobre o tema, Francisco já acolheu imigrantes que fugiram de conflitos no Oriente Médio e no norte da África e que estavam na ilha grega de Lesbos.
Em abril, três famílias foram morar no Vaticano enquanto que na semana passada, mais nove imigrantes fizeram a viagem para uma nova vida na pequena cidade-Estado. Entre os resgatados, há sírios e africanos de várias religiões, que foram escolhidos aleatoriamente.