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COR PÚRPURA É SÍMBOLO DO PODER DOS CARDEAIS NO VATICANO

Paramentos Litúrgicos

Da cabeça aos pés, o emblema distintivo dos cardeais eleitores, os príncipes da Igreja, é sobretudo a cor vermelha, a dita púrpura cardinalícia, a cor do Senado romano, que também lembra o sangue derramado por Cristo.

No momento em que o Papa concede o título de cardeal diz: "receba esta púrpura em sinal da dignidade e do ofício de Cardeal, ela significa que você está pronto para executar com força, de modo a dar o seu sangue para o aumento da fé cristã".

Como os senadores romanos, que eram definidos metaforicamente como "parte do corpo do Imperador", os cardeais, que compõem o "Senado" da Igreja, também fazem parte desde o século XII "do corpo do Papa".

Suas batinas, barrete e mozeta (capa curta) devem ser igualmente vermelhos durante o conclave, enquanto na vida comum a batina usada é preta com botões vermelhos. Vestindo o vermelho em todo o período de "Sede vacante" os cardeais representam a Igreja até à eleição de um novo Papa.

Para os cardeais, a cor púrpura é fundamental, pois permite-lhes aproximar-se do Papa simbolicamente, que usa exclusivamente duas cores: branco (batina e solidéu) e vermelho (mozeta e sapatos).

Os cardeais também usam um anel, que é tradicionalmente de safira e, mesmo que não tenha recebido a consagração episcopal, usam a cruz peitoral, a mitra e o báculo. O título específico é de Cardeal da Santa Igreja Romana (Ecclesiae Sanctae Romanae cardinalis).

Dentro da Igreja Católica, as roupas têm uma função crucial, porque indicam a posição hierárquica ocupada: do cardeal ao simples padre.

Até a Instrução "Ut sive sollicite" de 31 de março de 1969, eles também usavam o chapéu vermelho cardinalício, o galero, grande chapéu de asa larga que pendia borlas de cada lado até o peito e que foi imposto em consistório. É ele que vemos nos braços dos cardeais.

No Império Romano, o título de "cardinalis" era dado para os oficiais da coroa, generais do exército, ao prefeito pretoriano na Ásia e na África, porque cumpriam as principais funções do império.

Na Igreja, os cardeais eram originalmente membros do clero de Roma, dependentes do bispo de Roma, que era responsável por elegê-los.

Em 1059, na época da reforma gregoriana da Igreja, o Papa Nicolau II definiu com maior precisão o seu status e concedeu um posto mais alto para os outros bispos da Igreja. Em 1181, os padres cardeais de Roma adquiriram o poder de eleger o Papa sozinhos, com a exclusão do clero e do povo de Roma. Eles conquistaram assim a preminência sobre os bispos.

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