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Fundação do Vaticano estuda projetos na América Latina

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O conselho administrativo da fundação autônoma para a América Latina e as Caraíbas, Populorum Progressio, vai reunir-se até o próximo dia 21 de junho, em Arequipa, Peru, para analisar 222 novos projetos de desenvolvimento na região.

A Santa Sé informou em comunicado que as iniciativas propostas chegam de 18 países, com destaque para o Brasil, Colômbia, Peru e Equador. “Os projetos são caracterizados por uma abordagem amplamente participativa por parte das comunidades locais, que contribuem em todas as fases do trabalho”, refere a nota de imprensa.

A maior parte das propostas, dirigidas a comunidades indígenas, mestiças e afro-americanas, abrange os setores da agricultura, saúde, infraestrutura, formação profissional ou educação.

A reunião anual do Conselho de Administração da Fundação Populorum Progressio, criada em 1992, é a primeira no pontificado de Francisco, de quem são recordadas as palavras em favor de uma Igreja “pobre e para os pobres”, atenta às “periferias”.

O Vaticano destaca que a América Latina vive uma fase significativa de desenvolvimento econômico que é, no entanto, marcada por “grandes desigualdades sociais, que penalizam, sobretudo, as faixas da população que permanecem à margem de tal desenvolvimento”.

Segundo a Santa Sé, os projetos são financiados principalmente pela Conferência Episcopal Italiana, através do comitê para as intervenções em favor do Terceiro Mundo, e por donativos privados.

A fundação, confiada ao Pontifício Conselho Cor Unum, foi criada por João Paulo II, tendo aprovado e financiado cerca de 3 mil projetos nas últimas duas décadas. Entre os membros do conselho administrativo, está o arcebispo de Salvador (BA), Dom Murilo Krieger.

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