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Vaticano manifesta preocupação com violência no Egito

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O responsável da Santa Sé pelo acompanhamento das Igrejas Orientais manifestou preocupação com a recente onda de violência no Egito, que provocou mais de 20 mortos e centenas de feridos.

Em declarações à Rádio Vaticano, o cardeal Leonardo Sandri qualificou como “angustiante” a repressão contra um grupo de cristãos coptas protestava por causa da demolição, no final de setembro, de uma igreja na província de Aswan, no sul do Egito.

Para o prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, é necessário que a chamada “primavera árabe” saiba “construir, nesse grande país que é o Egito, uma sociedade na qual se possa viver em paz, com a esperança de um futuro seguro para todos".

“Apelamos às autoridades internacionais, às autoridades dos países ocidentais, para que apoiem os esforços que vão no sentido da construção de um país no qual se respeitem os direitos humanos e, em particular, queremos que se respeite o direito à liberdade religiosa”, disse o cardeal Sandri.

O patriarca de Alexandria dos coptas católicos, cardeal Antonios Naguib, uniu-se ao apelo pelo fim das discriminações religiosas no Egito.

"Mais do que a pertença religiosa, é o programa político que importa”, declarou.

Também o diretor nacional das Obras Missionárias Pontifícias (POM) no Egito, padre Nabil Fayez Antoun, condenou a violência dos militares: "São cenas que lembram as ocorridas no início da revolução egípcia ".

“Os meios de comunicação divulgaram notícias descrevendo os cristãos como aqueles que agrediam os militares. Por esse motivo, grupos de muçulmanos saíram à rua e atacaram os cristãos que estavam reunidos diante do hospital onde estavam internados os feridos e onde estavam os corpos das pessoas mortas durante os conflitos", afirmou, em declarações à agência Fides, do Vaticano.

Os recentes confrontos no Cairo são considerados o mais grave incidente desde as manifestações que, em fevereiro deste ano, levaram à queda de Hosni Mubarak.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, mostrou-se "bastante  triste" com o ocorrido e apelou “a todos os egípcios para ficarem unidos e manterem o espírito  das mudanças históricas que tiveram lugar no início do ano".

A chefe da diplomacia da União Europeia, Catherine  Ashton, lembrou, por sua vez, que a liberdade religiosa "é absolutamente fundamental".

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