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O PODER DA BENÇÃO – POR MÔNICA ROMANO

Paramentos Litúrgicos
Hoje eu gostaria de falar de uma coisa tão fora de moda, tão em desuso em nossas famílias, mas que é muito poderosa: a benção.

Eu ainda cultivo o bom hábito de pedir a benção ao meu pai, pedia a minha mãe também quando ela estava viva, meus pais cultivaram este hábito em nós, mas confesso, não consegui fazer com que minhas filhas o cultivassem também, abençoo-as sempre que possível, quando saem, quando estão indo para cama dormir… e você, tem este hábito? Cultiva-o entre seus filhos, quando se encontra com o padre, solicita sua benção?

Fez um dia belíssimo aqui em Belo Horizonte, céu azul, temperatura agradável, tropical temperado de montanha, como dizia meu professor de geografia na sexta série do ensino fundamental, é … o clima aqui ainda é um dos mais agradáveis. E como montanhistas que somos, fomos meu marido, minha filha caçula e eu, para a Serra, no caso, a bela Serra da Piedade, situada na cidade de Caeté, região metropolitana de BH.

Já havia ido lá quando criança, meus pais, romeiros, subiam a serra a pé , e nós também. Hoje não, a Serra tem uma infra-estrutura muito boa, a estrada de acesso está em ótimas condições e muito bem sinalizada. Estava um calorzinho em Belo Horizonte, mas assim que avistamos a serra e começamos a subir, a temperatura já tinha caído uns 10º , não é mentira não, e avistando-a do sopé, havia uma nuvem densa cobrindo seu cume, me lembrei da passagem do êxodo, Moisés subindo a montanha para falar com Deus, no cume uma nuvem cobria tudo, ninguém avistava-o.

A impressão é que estamos mais perto do céu, mas ao chegar lá em cima, temos a sensação de estarmos no céu, acima das nuvens, a cidade linda lá em baixo, mas lá estava um frio… uma ventania…

Bem, mas o que isso tem haver com benção? Pois é, lá em cima tem uma igrejinha barroca, linda, com a esplendorosa imagem da Virgem com Jesus deitado ao seu colo, Maria contemplava a face de seu filho no sono da morte, quantas vezes não terá ela contemplado seu sono quando menino, nos seus mesmos braços, imaginando que futuro Ele teria?

Na porta desta igrejinha, estava o padre, vestido de branco, e abençoando cada fiel na porta de entrada da igreja. Onde vemos isso hoje em dia? Disse para mim mesma, “ é benção? Eu quero.” E fui para fila de entrada receber a minha. Entramos na igreja, sentamos em uma de suas cadeiras rústicas, e ficamos contemplando a imagem que relatei acima. Posteriormente o padre veio a frente e anunciou que aquela hora teria um batizado, olhei para meu marido, e resolvemos participar da cerimônia.

Um primor! Maria Eduarda, este é o nome do pequeno anjo que foi aceito na comunidade cristã; dormia, calma, segura nos braços da mãe, ora da madrinha, e após o rito todo ter acabado, uma das cenas mais tocantes que pude presenciar e participar; o pai, todo orgulhoso em apresentar sua pequena filha, pegou-a nos braços e levou-a de pessoa a pessoa que estava na igreja para que pudessem abençoá-la. Que gesto lindo, o pai compreendia o poder da benção, não importava se era criança, adulto, preto, branco, conhecido ou anônimo, como eu; ele queria a benção para sua filha.

E nós? Queremos também esta benção? Esta intercessão? Eu quero. Eu dou.

Que Jesus abençoe todos nós!

Ps: Se quiser conhecer um pedacinho do céu, vá a Serra da Piedade, além de um lugar propício para oração, você encontrará lugares de tirar o fôlego, há natureza em toda parte, nos convida a adorar Deus criador. Se for em meses de frio, prepare um bom agasalho, uma touca, um lenço, pois a temperatura é muito baixa. Mas vale muito a pena.

 
Mônica Romano é catequista em Belo Horizonte, Minas Gerais 

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