Papa Bento XVI condena assassinatos em rituais de feitiçaria na África
O papa Bento XVI pediu um "esforço conjunto" entre Igreja, sociedade civil e governos contra os "assassinatos" de "crianças e anciãos" para rituais de magia em Angola e nas regiões africanas.
Em encontro com bispos angolanos, o Pontífice classificou as mortes como uma "calamidade", argumentando que "a vida humana é sagrada em todas as suas fases e situações".
Ele classificou os rituais de magia como um "problema regional" e disse que é "oportuno um esforço conjunto da comunidade eclesiástica contra esta calamidade, tentando determinar o significado profundo desta prática, identificar nelas os riscos pastorais e sociais para elaborar um método que conduza a sua definitiva erradicação, com a colaboração dos governos e da sociedade civil".
"Continuem, caros bispos, a levar vossa voz a favor das vítimas", incitou o líder máximo da Igreja Católica.
Joseph Ratzinger observou ainda que, na África, "o coração dos batizados" fica "dividido entre o cristianismo e as religiões tradicionais africanas" e "aflito por problemas existenciais".
Os cristãos, afirmou, "sobrem as mesmas pressões dos costumes da sociedade em que vivem", mas "são chamados a renunciar a tendência nociva imperante e a caminhar contra a corrente", acrescentou.
Bento XVI lamentou a falta de sentimento do "valor da família, insubstituível para a coesão do edifício social", e pediu aos bispos que cuidem da formação dos cônjuges a favor da "maturidade humana e espiritual necessária". (ANSA)