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Papa Bento XVI encerra Sínodo para o Oriente Médio e divulga documento final

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Firmeza na fé, colaboração na unidade e comunhão no testemunho. Estes são os três apelos contidos na Mensagem final do Sínodo dos Bispos para o Médio Oriente, divulgada, no Vaticano.

A mensagem foi aprovada, em plenária, na conclusão do trabalhos do Sínodo que reuniu representantes das seis Igrejas Orientais Católicas sui iuris: a Igreja Copta, a Síria, a Greco-Melquita, a Maronita, a Caldeia e a Armêniam, em Roma.

O documento pede aos cristãos do Oriente Médio "perseverança nas dificuldades", aos padres que continuem zelosos aos ensinamentos do Evangelho "através da pregação, catequese, orientação espiritual e bom exemplo" e, aos leigos que dêem "o testemunho de uma vida autenticamente cristã" e tenham a "coragem de falar a verdade com objetividade".

O Sínodo também fala às famílias, uma "escola de virtudes naturais e de valores éticos e direitos humanos". A família é a "Igreja doméstica" que "ensina a oração e a fé de geração em geração. Agradecemos aos pais e avós pela educação de seus filhos e netos, a exemplo do Menino Jesus que 'crescia em sabedoria, idade e graça diante de Deus e dos homens".

Às mulheres, o documento manifestou "seu apreço" pelas meninas, educadoras, mães, religiosas e trabalhadoras e convidou-as "a proteger a vida humana, desde o início, oferecendo carinho e afeto".

Aos jovens, o Sínodo recorda que "vocês são o futuro de nossas Igrejas, nossas comunidades, nossos países, com seu potencial e força renovada" e, os convida a "ser cidadãos responsáveis e fieis verdadeiros".

A mensagem final do sínodo agradece ainda aos jornalistas, às escolas, aos movimentos eclesiais e sociais pelo seu trabalho levado adiante sem discriminações. E pede aos imigrantes que mantenham os laços materiais e espirituais com a sua pátria.

Ações pela paz no Oriente Médio

Sobre o dialogo ecumênico, os bispos incentivam os fieis a trabalhar juntos pelo bem dos cristãos. E para o diálogo inter-religioso, "deve ser articulado com judeus e muçulmanos evitando desequilíbrios e promovendo a justiça e paz".

Acerca do aspecto politico, o Sínodo convida os governos locais e a comunidade internacional, para que tutelem o direito de cidadania, a liberdade de consciência e de culto. Para o conflito entre israelitas e palestinianos , a solução dos dois estados seja uma realidade e não permaneça um sonho, afirma a Mensagem e o Iraque veja o fim de uma guerra assassina.

Depois de terem pedido que a comunidade internacional e em particular a ONU, adotem as medidas necessárias para pôr fim à ocupação dos diferentes territórios árabes segundo o mandato das resoluções do Conselho de Segurança, os padres sinodais afirmam: "o povo palestiniano poderá assim ter uma pátria independente e soberana e viver ali em dignidade e estabilidade, enquanto que o estado de Israel poderá gozar a paz e a segurança dentro das fronteiras reconhecidas internacionalmente".

"A cidade santa de Jerusalém" – acrescenta o texto – "poderá encontrar o estatuto justo que respeitará o seu caráter particular, a sua santidade, o seu patrimônio religioso para cada uma das três religiões, judaica, cristã e muçulmana".

Na sua mensagem final os padres sinodais criticam a violência e o terrorismo, qualquer que seja a sua origem, e o extremismo religioso. Condenam todas as formas de racismo, antisemitismo, anticristianismo e islamofobia e pedem às religiões que "assumam as suas responsabilidades na promoção do diálogo das culturas e das civilizações na região do Oriente Médio e no mundo inteiro".

Segundo os padres sinodais "é tempo de nos empenharmos juntamente por uma paz sincera, justa e definitiva".

"Nós todos somos interpelados pela Palavra de Deus que fala de paz. (…) Não é permitido fazer recurso a posições teológicas bíblicas para fazer delas um instrumento que justifica as injustiças. Pelo contrario o recurso à religião deve levar cada pessoa a ver o rosto de Deus no outro e a tratá-lo segundo os atributos de Deus e os seus mandamentos, quer dizer, segundo a bondade de Deus, a sua justiça, a sua misericórdia e o seu amor por nós", destacou o documento sinodal.

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