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Vaticano pede regulamentação global da economia

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O Vaticano pediu nesta segunda-feira a criação de uma "autoridade pública global" e de um "banco central mundial" para administrarem as instituições financeiras que se tornaram ultrapassadas e ineficazes para lidar com as crises de maneira justa.

O documento do departamento de Justiça e Paz do Vaticano deve ser uma boa notícia para os manifestantes do movimento "Ocupe Wall Street", que têm protestado contra a recessão econômica.

O documento "Rumo à Reforma dos Sistemas Financeiros e Monetários Internacionais no Contexto de uma Autoridade Pública Global" tem alguns pontos bastante específicos, pedindo, por exemplo, medidas de tributação para transações financeiras.

"A crise econômica e financeira pela qual o mundo está passando exige que todos, indivíduos e povos, examinem a profundidade dos princípios e dos valores culturais e morais que estão na base da coexistência social", afirmou.

O documento condena o que chama de "idolatria do mercado", assim como o "pensamento neoliberal", que busca exclusivamente soluções técnicas para os problemas econômicos.

"A crise revelou comportamentos como egoísmo, ganância coletiva e o acúmulo de bens em grande escala", afirmou o texto, acrescentando que a economia mundial necessita de "solidariedade ética" entre as nações ricas e pobres.

"Se nenhuma solução for encontrada para as diversas formas de injustiça, os efeitos negativos que seguirão em nível social, político e econômico criarão um clima de crescente hostilidade e mesmo de violência, e por fim vão minar as próprias bases das instituições democráticas, mesmo aquelas consideradas mais sólidas", afirmou.

O documento pediu a criação de "uma autoridade supranacional" com alcance mundial e "jurisdição universal" para guiar as políticas e decisões econômicas.

Tal autoridade deveria começar com a Organização das Nações Unidas (ONU) como ponto de referência, mas se tornar independente e receber poderes para que os países desenvolvidos não consigam ter "poder excessivo sobre os países mais fracos."

O documento, que foi apresentado em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, reconheceu que essa mudança demoraria anos para ser efetivada e provavelmente enfrentaria resistência.

Questionado em uma coletiva de imprensa se o documento se tornaria um manifesto dos "indignados" que criticam as políticas econômicas mundiais, o cardeal Peter Turkson disse:

"As pessoas em Wall Street precisam se sentar e passar por um processo de discernimento e ver se o papel deles de administrar as finanças mundiais está na verdade servindo aos interesses da humanidade e ao bem comum". CAMPANHA CONTA O ABORTO 2011/2012: Romano Prodi, Fabio Botto Farhan, Fausto Silva, Guido Mantega, Beatrice Ludovico e Laura Pausini.

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