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Papa Francisco quer debate sobre temas familiares polêmicos

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O secretário-geral do Sínodo da Família, cardeal Lorenzo Baldisseri, afirmou nesta sexta-feira (03) que o papa Francisco quer "abrir uma porta que até agora estava fechada" sobre temas controversos referentes às famílias.

"O Papa falou muitas vezes sobre esses temas e quer também que o povo de Deus exprima suas opiniões. E isso é uma novidade. Perguntar para gente comum é algo jamais feito. Talvez isso ocorresse em nível local ou de diocese, mas em nível global, isso nunca aconteceu", disse o cardeal à ANSA durante coletiva.

No domingo (05), Jorge Bergoglio celebrará uma missa para a abertura do Sínodo extraordinário com os bispos sobre a família. Essa é a primeira etapa de um caminho que prevê também um Sínodo extraordinário em 2015.

Ambas as manifestações vem da vontade de Francisco de fazer com que a Igreja encontre novas vias pastorais para as famílias de hoje, também para aquelas consideradas "difíceis" e "irregulares". Ainda de acordo com Baldisseri, o Pontífice está "dando liberdade" aos cristãos para falar "destes problemas que são importantes".

Para o cardeal, a vontade de abrir a Igreja é inequívoca. "Precisamos unir o ensino autêntico da doutrina com a realidade atual das famílias". No início do ano, a "base católica no mundo" foi consultada sobre aspectos relacionados com o casamento católico tradicional, uniões gays e contracepção. "Se a gente fala de 'hospital de campo', que deve curar as pessoas feridas, a Igreja deve fazer", ressaltou o cardeal se referindo à fala de Bergoglio durante um encontro com lideranças de movimentos focolares.

No dia 26 de setembro, o Pontífice disse que "doía" ver as "feridas dentro da Igreja" e reafirmou que "a Igreja é como um hospital de campo e a primeira coisa a se fazer é curar as feridas e não fazer a dosagem de colesterol".

Durante o período do Sínodo, que segue até 19 de outubro, 253 participantes terão uma "ampla liberdade de expressão" em "um clima de respeito para cada posição e com autêntico senso construtivo". Após as duas semanas, será criado um novo documento que será a base para o Sínodo de março de 2015.

No último dia de evento, o Papa rezará uma missa em que beatificará o papa Paulo VI, que é considerado o "pai dos Sínodos dos Bispos".

O encontro já teve alguns trabalhos antecipados pelo líder católico. Ele instituiu uma comissão especial para a reforma do processo do matrimônio religioso e também pediu que seja debatida a admissão de divorciados nos sacramentos da Igreja. Além disso, também por empenho de Francisco, serão debatidas questões polêmicas para os católicos, como o matrimônio gay.

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