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Vaticano reduz efeito de carta de Papa Francisco a autora gay

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A Sala de Imprensa do Vaticano desmentiu nesta sexta-feira (28) que a carta enviada pelo papa Francisco à italiana Francesca Pardi, homossexual assumida e dona de uma editora de livros infantis sobre famílias do mesmo sexo, tinha como objetivo "encorajar" os relacionamentos gays. "De nenhuma maneira, a carta da Secretaria de Estado pretende endossar comportamentos e ensinamentos que vão contra o Evangelho. Em vez disso, [a carta] deseja uma frutífera atividade do serviço de jovens gerações e da difusão de autênticos valores humanos e cristão", informou o Vaticano.

De acordo com a Sala de Imprensa da Santa Sé, houve uma "instrumentalização" do conteúdo da carta, gerando uma má interpretação. "A benção do Papa no encerramento da carta é destinada à pessoa, e não às suas atividades ou ensinamentos que saem de linha com a doutrina da Igreja sobre a teoria de gêneros, que não foi mudada", ressaltou o padre Ciro Benedettini. Companheira há mais de 20 anos de Maria Silvia Fiengo – também sua sócia -, Francesca Pardi, é autora de títulos como "Piccola storia di una famiglia: perché hai due mamme?" ("Pequena história de uma família: por que você tem duas mamães?"), uma das várias obras vetadas recentemente pelo prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, nas escolas da cidade.

"O Papa desejou que eu siga adiante e me abençoou", contou Pardi, que, no ano passado, havia enviado uma carta ao Pontífice relatando as dificuldades e preconceitos enfrentados por ela, sua esposa e seus quatro filhos na sociedade italiana.

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